Aos 84 anos, Luiz Barsi é conhecido como ‘o rei da B3’. Com um patrimônio total avaliado em R$ 2,4 bilhões, Barsi aparece na 140ª posição do ranking de bilionários da Forbes.
Filho de imigrantes espanhóis, Barsi teve uma infância simples no bairro do Brás, em São Paulo, e fez a fortuna investindo na Bolsa de Valores.
Em algumas entrevistas, ele contou que chegou a trabalhar como engraxate e aprendiz de alfaiate antes de começar a sua carreira numa corretora da capital paulista, atuando como técnico em contabilidade – sua primeira formação. Mais tarde, ele também se formou em Direito, pela Faculdade de Direito de Varginha (Minas Gerais), e em Economia, pela Faculdade de Economia, Finanças e Administração de São Paulo.
Na corretora, começou a ter contato com o mercado de ações e, posteriormente, desenvolveu um método próprio de investimento, conhecido como “carteira de ações previdenciária”, no qual aplica em ações que geram bons dividendos.
O ranking destaca que o investidor começou com uma pequena compra de ações, mas “se tornou um dos maiores investidores do Brasil como pessoa física”.
O bilionário é seguidor da filosofia de Value Investing, estratégia na qual o investidor mira em ações que se encontram a um preço mais baixo que o seu valor intrínseco. Ou seja, é uma espécie de ‘caça’ às ações que estão subvalorizadas pelo mercado no momento, mas que devem se recuperar em breve.
De forma geral, a ideia de Value Investing está ligada a projeções de longo prazo e investimento em boas empresas.
O megainvestidor começou a montar sua carteira na década de 1970. Em sua biografia – ‘O rei dos dividendos: A saga do filho de imigrantes pobres que se tornou o maior investidor pessoa física da bolsa de valores brasileira’ -, Barsi conta que na época ele comprava exatamente 1.000 ações por mês.A primeira empresa na qual ele investiu foi uma companhia de alimentos chamada Anderson Clayton.
Barsi também investiu em papéis da Eletrobras. Só em 2019, o investidor recebeu R$ 4 milhões em lucros da empresa. Outra aposta certeira do investidor foi em ações do Banco Santander. Na época que começou a comprar os papéis da companhia, eles custavam apenas R$ 0,50. Anos depois, em 2020, as ações chegaram a ser negociadas por R$ 25,35.
Ele também aplicou em ações de empresas como Klabin, Itaúsa, Taurus, Unipar, Eternit, Grupo Ultra e Transmissão Paulista – algumas delas estão há mais de 30 anos em sua carteira de investimentos.
Dos cinco filhos de Baris, a caçula Louise de 24 anos é quem segue os passos do pai. Além de também ser uma reconhecida investidora da B3, ela criou a Ações Garantem o Futuro (AGF). Fundada em 2019, a empresa começou oferecendo cursos de educação financeira e treinamentos para formar novos investidores.
Quatro anos depois, a AGF se tornou uma fintech e e uma das maiores plataformas em geração de renda passiva do país.
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