Assim como fizeram outros ex-dirigentes convocados pelos parlamentares da CPI da Americanas, o ex-diretor financeiro da empresa, Marcelo da Silva Nunes, apresentou um habeas corpus, para que não precisasse responder perguntas dos parlamentares. A CPI apura uma fraude contábil, que resultou no pedido de recuperação judicial do grupo e na demissão de quase dois terços dos funcionários.
Nunes disse apenas que entrou na companhia em 2005, como estagiário. Chegou a diretor financeiro, cargo em que estava quando deixou a Americanas em junho deste ano. Ele afirmou ter “plena confiança” nos trabalhos da CPI, mas que ficaria em silêncio.
Outra depoente convocada foi a ex-diretora da empresa, Anna Christina Ramos Saicali. Ela faltou à sessão alegando motivos de saúde na família, mas se comprometeu a comparecer a uma audiência pública marcada para o dia 5 de setembro.
A Americanas pediu recuperação judicial em janeiro deste ano, ao anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões e uma dívida de R$ 43 bilhões. Após o que se transformou em um escândalo no varejo brasileiro, foi criada uma CPI no Congresso, que realizou várias reuniões.
O presidente da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, reconheceu perante a CPI que a crise na empresa não pode mais ser tratada como crise de inconsistências contábeis, e sim como fraude. Essa foi a mesma visão apresentada pelo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Barroso.
Também foram ouvidos, entre outros convocados e convidados, os presidentes da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), Aurélio Valporto, e da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CUT), Julimar Roberto.
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