Ibovespa Ao Vivo: Braskem (BRKM5), Petrobras (PETR4) e Magazine Luiza (MGLU3)

Ibovespa hoje cai

A agitada semana de decisões de bancos centrais pelo mundo começou como se esperava, com o Ibovespa com pouca movimentação e elasticidade até a reta final. O equilíbrio de forças predominou. Entre os ganhos, destaque para Braskem (BRKM5), que liderou os ganhos da Bolsa e subiu 5,84%, após a Petrobras (PETR4) reportar due diligence na petroquímica para eventual exercício de direito de preferência, na hipótese de alienação das ações detidas pela Novonor na companhia.

A petroleira (PETR4), por sua vez, também subiu, mais 0,71%, acompanhando a valorização do preço do barril de petróleo. Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Chevron disse projetar petróleo próximo a US$ 100.

As aéreas finalmente voltaram a ter céu de brigadeiro e decolaram, após bancos revisarem recomendação e preços-alvos: Azul (AZUL4) subiu 2,95%, com elevação para compra, enquanto Gol (GOLL4) ganhou 1,82%.

A CCR (CCRO3) avançou 1,03% com analistas avaliando reequilíbrio econômico de R$ 297,9 mi na ViaMobilidade como positivo.

A Vivo Telefonica (VIVT3) subiu 1,94%, com autorização da Anatel para reduzir capital social em até R$ 5 bilhões. A redução de capital é uma opção para operadora de telefonia manter o atual nível de remuneração, de proventos, aos acionistas.

Magazine Luiza (MGLU3) foi outro destaque, com alta de 4,03%, apesar do varejo ter recuado em sua maioria – muito em reação a perda de força da concorrente Casas Bahia no mercado, assim como com a chegada de um novo corte da Selic.

Enquanto isso, as as ações da Casas Bahia, ex-Via (VIIA3), recuaram, dessa vez, 3,95%, com percentual de ações alugadas e taxas disparando. Grupo Soma (SOMA3) també caiu, 1,45%, com XP cortando preço-alvo citando resultados mais fracos do que esperado.

Bolsa com setores mistos e muita oscilação

Assim como varejo oscilou e ficou misto, outros setores tiveram a mesma performance.

Os bancos fecharam sem direção e sem convicção, quase de lado. Bradesco (BBDC4), ainda ação preferida de um grande banco internacional, fechou estável, após operar entre perdas e ganhos ao longo do dia. Itaú Unibanco (ITUB4), na mesma oscilação, acabou em queda de 0,25%. Santander (SANB11) se salvou, com mais 1,84%.

Os frigoríficos apontaram também para caminhos opostos, com BRF (BRFS3) subindo 4,35% e Marfrig (MRFG3) caindo 1,66%.

Enauta (ENAT3) foi na contramão das demais petro juniores, com mais 4,42%, com operação do sétimo poço no Campo de Atlanta; enquanto PRIO (PRIO3) caiu 2,51% e 3R Petroleum (RRRP3) recuou 1,72%, mesmo com alta do petróleo internacional.

Vale (VALE3) em queda

Vale (VALE3) recou 1,18%, mesmo caminho de Usiminas (USIM5), com 2,02%, e Gerdau (GGBR4), menos 3,26%. O setor não foi estimulado nem pelas boas notícias vindas da China, que está às vésperas de um novo superferiado.

Vamos (VAMO3) foi um dos nomes do dia, com uma queda robusta de 5,66%, com um grande banco enxergando desaceleração no crescimento da companhia e rebaixando a ação.

Ibovespa em compasso de espera

O Ibovespa só se decidiu pela queda na reta final de negociação, perto das 16h. Antes disso, oscilou muito, trocando de sinal. No fim, queda de 0,40%, aos 118,2 mil pontos, seguindo o mesmo sentimento em Wall Street.

Por lá, há uma cautela já esperada por conta da decisão da taxa de juros pela Federal Reserve e seu também esperado comunicado, que chegam na quarta-feira (20).

Por aqui, o Boletim Focus até trouxe boas novas, com IPCA em queda e PIB em alta, assim como o Ministério da Fazenda, que reviu suas projeções de crescimento este ano. Nada disso foi suficiente.

Além dos bancos centrais de Brasil e EUA (ambos na quarta-feira), outras instituições soltam esta semana suas decisões sobre taxas de juros, incluindo Noruega, Suécia, Suíça, Reino Unido, Japão e China. Assim, até lá, cautela passou ser a norma por todo lado. (Fernando Augusto Lopes e Rodrigo Petry)

Maiores quedas