Em um mercado tão dinâmico como o de games, é difícil acreditar que um jogo esteja no topo há quase 15 anos. Mais do que isso: League of Legends (LoL) mudou a forma que o mundo enxerga o Esports e transformou o cenário competitivo de jogos em um universo lucrativo, altamente profissional e que atrai negócios das mais diferentes empresas. É inevitável – diversas marcas querem surfar neste mundo criado pela californiana Riot Games.
Bem, e mesmo se o leitor da coluna não conheça nada deste universo, sabe que o LoL também é sucesso absoluto no Brasil – tanto para o jogador casual como no cenário profissional. E aqui vai um número que comprova isso: pela terceira vez na história, o CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) superou a LCS, a liga americana do game, em números de audiência nas transmissões online. Os dados são do relatório divulgado pelo Esports Charts. Só no TikTok, o engajamento foi de 3.6 milhões de fãs no último bimestre.
Profissionalismo que, claro, passo por mentes estratégicas que sabem bem para onde levar este universo lucrativo aqui no País. A coluna Além do Gameplay conversou com Diego Martinez, General Manager da Riot Games Brasil, e Carlos Antunes, Head de League of Legends Esports para as Américas. Eles abordaram um pouco mais sobre os objetivos da empresa no País e, claro, como continuar potencializando esse crescimento em território nacional.
“Não somos uma empresa que quer produzir uma variedade de coisas difusas, mas sim aquilo que seja assertivo, de alta qualidade e que gere boas narrativas ao longo do tempo, não algo pontual”. A frase marcante é de Martinez e a entrevista completa com os dois executivos você confere abaixo.
Como a Riot enxerga hoje o mercado brasileiro de games – pensando no tamanho da base de LoL que temos hoje no País?
Diego Martinez – O mercado brasileiro de games é uma arena repleta de energia e vitalidade, onde a conexão entre pessoas, criatividade e competitividade têm se mostrado como características cada vez mais associadas aos jogos, do seu desenvolvimento à experiência que entregam. Da mesma forma, a paixão dos jogadores brasileiros é algo único, como pouco se vê em outros mercados globais e se reflete em diversos aspectos, desde o entusiasmo nas competições, à busca constante por aprimoramento e no alto envolvimento com conteúdos conectados aos jogos.
E vemos essa paixão e conexão com os jogos algo fundamental para o crescimento da indústria num país com mais de 75% da população reconhecendo-se como consumidora de jogos eletrônicos, em que o engajamento dos seus jogadores cria um ciclo de feedback constante que muito utilizamos para o desenvolvimento de experiências cada vez mais envolventes e desafiadoras.
Experiências que se convertem em oportunidades além do jogos, estendendo-se à patrocínios e colaborações estratégicas com marcas diversas.
O Brasil movimenta mais de R$12 bilhões em receitas ao ano, sendo líder na América Latina e as parcerias com marcas, endêmicas ou não, incrementam esses números. Estamos atentos às oportunidades de negócios e olhamos o mercado local na busca por inovação em nossa entrega, usufruindo da riqueza cultural e artística que o nosso país dispõe para entregar o melhor para a comunidade local e parceiros de negócios.
Quais as expectativas da empresa para um crescimento e posicionamento no Brasil – tanto com o LoL como com outras estratégias? Pode falar um pouco sobre esse planejamento para os próximos anos?
Diego Martinez – A Riot Games se propõe a ser a empresa mais focada no jogador e assim, publicar jogos e experiências que ressoam como locais, únicas ao público brasileiro, continuará sendo nossa tônica principal e que definirá a nossa sustentação, além da evolução natural do nosso portfólio em Jogos, Esports e Entretenimento.
Independente do que publiquemos, também olhamos para as diferentes formas e nichos em que a comunidade se encontra, seja jogando em campeonatos universitários, acompanhando um campeonato profissional ou não-profissional, ou mesmo assistindo ou produzindo o seu próprio conteúdo em diferentes canais e estaremos lá entregando estórias, competitivos e experiências contadas por nós ou pelos parceiros. Experiência é um termo amplo e eu gosto de pensar que ele tem que ser mesmo, porque nos permite abertura em pensarmos em qualquer coisa, desde que seja relevante para o…
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