A programação 2024 do Theatro Municipal de São Paulo contará com sete óperas: Madama Butterfly, de Puccini, Carmen, de Bizet, uma ópera nacional, O Contratador de Diamantes, de Francisco Mignone, O Castelo do Barba Azul, de Béla Bartók, O Olhar de Judith, de Malin Bång, Nabucco, de Giuseppe Verdi, e María de Buenos Aires, de Piazzolla, remontagem de 2021.
Madama Butterfly
A temporada lírica da casa se inicia em 15 de março com Madama Butterfly, que terá direção cênica de Livia Sabag. Comemorando o centenário de morte de Giacomo Puccini, que já tem homenagem dupla prevista: a Orquestra Sinfônica Municipal apresenta, no mês de dezembro, La Bohème, em concerto. Na obra em três atos, que terá regência de Roberto Minczuk nos dias 15 a 20 e de Alessandro Sangiorgi nos dias 22 e 23, será contada a clássica história de Pinkerton, um oficial americano em Nagasaki, e de Cio-Cio-San, uma jovem japonesa devotada que irá, ao longo da narrativa, vivenciar inúmeras situações dolorosas que irão provar a impossibilidade de seu amor.
No papel-título as sopranos, a italiana Carmen Giannattasio divide as datas com a uruguaia nascida no Japão Eiko Senda. Interpretando Pinkerton, o espanhol Celso Albelio e o chileno Enrique Bravo integram os elencos que se alternam.
Carmen
Na sequência, uma montagem da fulgurante Carmen, de Georges Bizet, estreia no dia 3 de maio com direção cênica de Jorge Takla e direção associada de Ronaldo Zero.
“Se você não me ama, eu te amo. Se eu te amo, tenha cuidado.” Mais uma vez, a vida e paixão de Carmen tomarão o palco do Theatro Municipal de São Paulo. Composta por Georges Bizet, com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy baseado numa novela de Prosper Mérimée, Carmen é uma das cinco óperas mais montadas no mundo. Com trechos icônicos, este libreto se passa numa Sevilha imaginada e musicada por Bizet através de sonoridades inspiradas na música cigana e espanhola.
A história original se desenvolve em torno da cigana Carmen, que trabalha em uma fábrica de tabaco em Sevilha, na Espanha. Conhecida por seduzir homens, a cigana envolve o soldado Don José e o convence a desertar de seu posto militar para segui-la.
Dois mundos opostos, uma paixão violenta e o feminicídio mais famoso da história da ópera. Na versão que será apresentada no Theatro em 2024, Takla propõe um novo ambiente para a trama – um atelier de alta costura, com suas disputas internas, glamour e uma miríade de personagens do disputado mundo da moda.
O Contractador de Diamantes
Título que estreou no Festival de Ópera do Amazonas em maio deste ano, O Contractador de Diamantes, de Francisco Mignone, será montada pela primeira vez no palco do teatro paulistano com regência do maestro Alessandro Sangiorgi, de 28 de junho a 2 de julho.
A direção fica a cargo de William Pereira, que marcou a dramaturgia nacional com a fundação de companhias históricas como A Barca de Dionísio, além de ter sido responsável por inúmeras montagens do gênero nas principais casas do país. Nos papéis principais, Lício Bruno e Rosana Lamosa. A ópera se passa em Diamantina, Minas Gerais, e foi escrita quando Mignone tinha apenas 24 anos. A versão de São Paulo terá um diferencial com relação a do ano anterior: uma congada irá acontecer em uma cena com um grupo tradicional de Justinópolis, MG.
O Castelo de Barba Azul e Judith’s Gaze
Já no mês seguinte, um double bill toma conta do Theatro. O Castelo de Barba Azul, única ópera do compositor húngaro Béla Bartók, com libreto de Béla Balázs, é uma obra simbolista de grande profundidade psicológica.
Baseada numa conhecida fábula de transmissão oral codificada no século XVII por Charles Perrault, a ópera tem apenas dois personagens: o próprio nobre e misterioso Barba Azul e Judith, sua nova esposa. A angustiante trama, de portas fechadas e proibidas à jovem esposa de Barba Azul, dá origem a uma das partituras mais ricas do repertório da ópera moderna.
Sete portas trancadas e um clima de iminente ameaça fazem da tensa jornada de descobertas de Judith uma viagem às profundezas da psiquê humana, representada pelo próprio castelo que dá título à ópera. Castelo que custodia a solidão e a escuridão de Barba Azul,…
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