A Polícia Federal solicitou à Justiça da Bahia que conceda a alienação antecipada dos 336 diamantes avaliados em R$ 383 mil, que foram apreendidos em poder do ex-secretário de Estado Nilton Borgato, conhecido como Índio.
O material foi confiscado no âmbito da Operação Descobrimento, que resultou na prisão de Borgato em 2022, por suspeita de participação em tráfico internacional de cocaína. Ainda não há uma decisão sobre o pedido.
Requerimento foi feito no dia 12 de março pela Corregedoria Regional da PF à 2ª Vara Federal Criminal da Bahia. No documento também há pretensão de alienação de cinco relógios em poder de Nelma Mitsue Penasso Kodama, também alvo da operação.
Laudo elaborado pelo setor técnico-científico da PF, em 3 de maio de 2022, concluiu que foram apreendidos, em posse de Nilton, 12 sacos transparentes contendo os 336 diamantes, avaliados em R$ 383.163,50, cuja massa total é de 62,690g.
“Por meio das análises verificou-se que os grãos minerais brutos referentes ao item 5 do Termo de Apreensão apresentam características (cor, forma, brilho, densidade específica, pureza) típicas de diamante”, diz trecho do Laudo.
Perícia concluiu que cinco relógios de marcas internacionais foram apreendidos com Nelma, sendo um Cartier, um Jeager-Le Coultre, Officina Del Tempo, e dois Bvlgari, avaliados em R$ 226 mil.
O pedido da PF considerou que a alienação antecipada tem sido regra sobre os bens apreendidos em operações, sobretudo no âmbito da Descobrimento.
O Ministério Público Federal lembrou que a Justiça, em outra ação, indeferiu pedido para alienar os diamantes de Borgato. Com isso, emitiu parecer para que o pleito seja parcialmente acolhido, somente no que diz respeito aos relógios de Nelma.
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