Renda fixa
Investidores ainda repercutem MP que taxa fundos exclusivos a alíquota de até 20%
As taxas dos títulos do Tesouro IPCA+ sobem nesta terça-feira (29). Com agenda local de indicadores esvaziada, investidores aguardavam dados de emprego nos Estados Unidos.
O relatório JOLTS indicou que a abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos caiu para 8,827 milhões no último dia de julho, um recuo de 338 mil em relação ao mês anterior. O mercado de trabalho é um dos fatores decisivos para os rumos da política monetária norte-americana, por isso o interesse em indicadores do setor.
Na última sexta-feira (25), o presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA, o Fed), Jerome Powell, mostrou que a inflação segue alta e a autarquia considera um novo aperto monetário.
No Brasil, o principal assunto é a Medida Provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (28), que prevê a cobrança de 15% a 20% sobre rendimentos de fundos exclusivos (também chamados de fechados ou “onshores”). A expectativa da equipe econômica é de arrecadar R$ 24 bilhões com a medida entre 2023 e 2026.
O instrumento é apontado pelo governo federal como fonte de compensação da renúncia de receitas oriunda da atualização da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física, que passou de R$ 1.903,98 para R$ 2.112,00.
No Tesouro Direto, as taxas dos papéis atrelados à inflação avançavam. Na primeira atualização do dia, às 9h21, o Tesouro IPCA+ 2029 pagava 5,05% ante 5,02% no início da sessão de ontem. A taxa do Tesouro IPCA+ 2032 subia de 5,16% para 5,17%, enquanto a do papel para 2055 avançava de 5,48% para 5,50%.
Nos prefixados, a taxa do título com vencimento em 2029 tinha leve queda de 10,78% para 10,79%, enquanto a do Tesouro Prefixado 2033 recuava de 11,05% para 11,01%. A remuneração do Tesouro Prefixado 2026 estava estável em 10,13% ao ano.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta terça-feira (29):
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