O ministro indicou que as probabilidades de Lula ceder o controle do Ministério do Desenvolvimento Social ao centrão são escassas
247 – O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou nesta terça-feira (29) que tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para permanecer no cargo e que a pasta permanecerá íntegra. “Dentro da orientação traçada pelo presidente, sinto-me apoiado para cumprir os objetivos que ele definiu em prol do povo”, afirmou Dias em entrevista à Folha de S. Paulo. O presidente Lula está negociando uma reforma ministerial com o intuito de garantir a entrada do PP e dos Republicanos no alto escalão do governo, buscando consolidar uma base de apoio no Congresso. Contudo, a distribuição dos cargos tem sido motivo de impasse.
O ministro indicou que as probabilidades de Lula ceder o controle do Ministério do Desenvolvimento Social ao centrão são escassas. “O presidente compreende melhor do que ninguém que o Bolsa Família vai além de uma mera transferência de renda. Contudo, ele precisa estar integrado. São 33 programas aqui, porque a pobreza não é uniforme. Diferentes situações demandam abordagens distintas”, afirmou. “Usarei uma frase que ouvi o presidente Lula dizer: ‘O Ministério do Desenvolvimento Social é tão crucial que, se pudesse, eu mesmo o lideraria'”, acrescentou. Dias mencionou que tem mantido reuniões com parlamentares e a liderança do PT, recebendo reconhecimento pelo seu trabalho. Contudo, ele ressaltou a importância do cargo. “Estou ciente da extensão da minha responsabilidade”, afirmou.
O presidente visitará o Piauí, terra natal e reduto eleitoral do ministro, na quinta-feira (31), para o lançamento do programa Brasil Sem Fome. Auxiliares de Lula interpretam esse evento como um gesto de solidariedade a Dias e um indicativo de sua permanência no cargo. No entanto, esses planos têm gerado desconforto entre os membros do centrão. “Eu vejo isso como um gesto de carinho. Somos amigos de longa data. Conheci o presidente Lula quando tinha 15 ou 16 anos”, afirmou o ministro.
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