segunda-feira, maio 13, 2024

Delegação de empresários brasileiros realiza viagem estratégica a Cuba


Antes da viagem de Lula a Cuba, numerosa delegação de empresários brasileiros vai à ilha para impulsionar relações comerciais

Brasil e Cuba

Prensa Latina – Uma delegação de aproximadamente 30 empresários brasileiros está a caminho de Havana para fortalecer as relações comerciais com Cuba. Este movimento representa o passo mais recente do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua busca por reavivar as relações bilaterais. Segundo fontes oficiais citadas por meios de comunicação, esta missão comercial de quatro dias ocorre logo antes da viagem de Lula à ilha caribenha, onde ele se reunirá com seu homólogo cubano, Miguel Díaz-Canel, e participará das reuniões do Grupo dos 77 mais a China, uma cúpula econômica das Nações Unidas com países em desenvolvimento programada para os dias 15 e 16 de setembro.

A revista Exame destaca que as relações entre Brasil e Cuba se deterioraram durante a administração do ex-presidente de tendência ultradireitista Jair Bolsonaro (2019-2022), embora nunca tenham sido completamente rompidas. Desde que assumiu o cargo em janeiro, Lula tem trabalhado ativamente para reconstruir as relações com Havana e Venezuela, inclusive se encontrando com Díaz-Canel em Paris no início deste ano durante uma cúpula financeira global. Essa reabertura gerou um interesse considerável entre os empresários que desejam fortalecer os laços comerciais, conforme destaca Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX), que lidera a delegação.

Viana afirmou em comunicado: “Temos a oportunidade de restabelecer nossas relações comerciais depois que o governo brasileiro anterior deixou Cuba de lado. Não faz sentido o Brasil virar as costas para os países da América Central e do Caribe, incluindo Cuba, como fez nos últimos quatro anos”. Segundo a APEX, o Brasil é o quarto maior fornecedor de produtos para Cuba, ficando atrás apenas de Espanha, China e Estados Unidos. No entanto, o volume das exportações brasileiras em 2022 foi pouco mais da metade do que foi enviado para a ilha há uma década.