CONSOLIDAÇÃO
A primeira questão que ele aborda é a consolidação, que não é novidade no varejo brasileiro.
“Depois de décadas fragmentado, os últimos 10 anos mostraram que era necessário entrar na pauta consolidada. O mercado varejista americano já dita essa tendência há muito tempo, mesmo em um país continental, como o Brasil. As redes de eletro puxaram a fila, depois vieram as de moda, tecnologia, esportes, alimentação, entre outros”, explica ele.
MOMENTO MOBLY
“A Mobly é uma marca mais nova com desafios de expansão nacional. O interior do Brasil tem dificuldades em comportar mais do uma grande rede do segmento. Foi o caso da ETNA, que acabou encerrando.”
Surgida em 2011, a Mobly fez um IPO dez anos depois, captando R$812 milhões em 2021. Na época, a ação abriu a R$21,00 e hoje ela vale menos que 25% desse valor, comercializada abaixo dos R$4,00. Em 2023, a empresa registrou prejuízo de R$39,6 milhões no primeiro semestre do ano.
MOMENTO TOK&STOK
Ele relembra que a Tok&Stok está em uma recente mudança de gestão, retomando para os fundadores, devido à dificuldade de caixa e solvência para dar continuidade às operações.
Nascida em 1978, a TokStok precisou de um aporte de 100 milhões para cobrir as despesas. Ano passado, a varejista digital deu 128 milhões de receita. A física, 461 milhões de prejuízo.
CENÁRIO EXCELENTE PARA UMA FUSÃO
“Diante destes pontos, ambas as marcas possuem motivos de sobra para se esforçarem para uma união. Mobly ganha capilaridade e escala. Tok&Stok ganha folêgo financeiro”, conclui ele.
Read More: Entenda o que está por trás da fusão da Mobly e Tok&Stok