“Seria um gesto de grandeza que se espera do Deltan, mas não temos nada disso”, disse o jurista
247 – O jurista Lenio Streck cobrou da Lava Jato e, em particular, do ex-procurador Deltan Dallagnol, uma autocrítica pela destruição gerada pela operação que supostamente visava combater a corrupção. Em participação na GloboNews nesta quarta-feira, ambos foram confrontados, com Deltan insistindo na tese, já desmentida pelo STF, de que a “República de Curitiba” somente aplicava a lei.
“A Lava Jato foi indefensável, destruiu empresas, condenou um ex-presidente, impediu que ele se candidatasse. São fatos históricos, inegáveis. O bom seria se a própria Lava Jato tivesse autocrítica e dissesse para a nação que fez errado. ‘Erramos, não podemos quebrar as empresas, levar as pessoas sem provas, o MP não foi imparcial, falhamos’…”, disse o jurista no painel. “Seria um gesto de grandeza que se espera do Deltan, mas não temos nada disso. Lava Jato levou várias pessoas a ruina, a economia perdeu, foram 100 bilhões de prejuízo que a Lava Jato causou. o grande chefe do MPF disse isso”, acrescentou.
Por sua vez, Dallagnol reclamou de estar sendo ‘injustiçado’ pela revisão dos atos da Lava Jato pelo STF. “O que foi feito foi simplesmente aplicar a lei. vou resumir a decisão, os ladrões comemoram enquanto quem fez valer a lei é perseguida. dá tristeza e indignação ver a injustiça que existe no Brasil”, disse.
O ministro do STF Dias Toffoli decidiu nesta quarta-feira anular todas as provas obtidas por meio do acordo de leniência da construtora Odebrecht e dos sistemas Drousys e My Web Day B. Ele afirmou que a prisão do presidente Lula em 2018 foi uma “armação”.
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