O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, fez uma publicação em sua página do X, antigo Twitter, dizendo que hoje a sociedade pode ver o legado da Lava Jato, “foi maldito e que seu ‘modus operandi’ ceifa vias, a política, a economia e afronta a soberania nacional“.
Aras também disse que foi acusado de ter destruído a operação, mas que na verdade ele institucionalizou e despersonalizou a operação. Além disse ele não deixou de criticar os executores da Lava Jato dizendo que, “a constituição foi rasgada por poucos e ruidosos membros da Justiça”.
Para encerrar, o PGR esclarece que “só com equilíbrio institucional, respeito ao limite de cada Poder e a nossa Lei Maior, teremos um Brasil fraterno”.
Nesta quarta-feira (06), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anulou todas as provas da Lava Jato obtidas no acordo de leniência firmado pela Odebrecht. Hoje, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) anunciou que irá recorrer da decisão do STF.
Na quarta-feira, a ANPR divulgou uma nota para defender a “necessidade de que a discussão sobre os fatos envolvendo a Operação Lava Jato seja pautada por uma análise técnica, objetiva, que preserve as instituições e não se renda ao ambiente de polarização e de retórica que impede a compreensão da realidade”. “Não é razoável, a partir de afirmação de vícios processuais decorrentes da suspeição do juízo ou da sua incompetência, pretender-se imputar a agentes públicos, sem qualquer elemento mínimo, a prática do crime de tortura ou mesmo a intenção deliberada de causar prejuízo ao Estado brasileiro”, disse a associação.