A primeira vez que Daniel Maegaard ouviu falar em NFTs foi em 2018. Ele começou a investir nos tokens em 2019. Em 2021, tinha centenas deles e acabou se tornando um dos colecionadores de NFT mais conhecidos e influentes do mundo. Sob o pseudônimo de Seedphrase, ele acumulou o equivalente a milhões de dólares em criptoativos e ficou famoso por vender um deles por US$ 4,45 milhões em 2022.
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Mas, nos últimos meses, Maegaard tem diminuído a coleção, ao mesmo tempo em que uma parte importante do mercado tem, nas palavras dele, “despencado completamente”.
Os tokens não fungíveis, associados popularmente à arte digital e outros itens colecionáveis registrados em blockchains de criptoativos, perderam a maior parte de seu valor depois de conquistar entusiastas do setor como a próxima grande aposta.
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O hype e o FOMO, ou “medo de ficar de fora”, em torno dos NFTs sumiram desde o pico em janeiro de 2022, deixando compradores e vendedores arrasados e tendo dificuldades para encontrar valor a longo prazo nos ativos especulativos. O volume mensal de negociações de NFTs despencou 81% entre janeiro de 2022 e julho de 2023, mostram os dados da DappRadar.
Durante o mesmo período, as vendas mensais de NFT caíram 61%, segundo a DappRadar. E os preços mínimos para NFTs valiosos, como Bored Ape Yacht Club e CryptoPunks, estão em seu menor valor em mais de dois anos, de acordo com o monitoramento de dados do setor da NFT Price Floor. “Quando você olha os gráficos, tudo está caindo”, disse Lorenzo Melendez, presidente do projeto de NFT Pudgy Penguins – cujo nome (Pinguins Rechonchudos, em tradução livre) faz referência à arte digital com versões fofinhas e que lembram desenhos animados das aves que não voam. “Muita gente está desistindo e dizendo ‘não sabemos o que fazer ou para onde ir’.”
Os NFTs, junto com o restante dos criptoativos, receberam uma punição dolorosa no ano passado, quando uma sequência de falências e escândalos com grande impacto azedou para os investidores um mercado de ativos digitais já cheio de dificuldades pelo aumento das taxas de juros. Mas, embora o mercado de criptoativos no geral tenha se estabilizado um pouco este ano, os NFTs não conseguiram encontrar seu equilíbrio.
Os investidores não são os únicos sofrendo. O mercado de NFTs Recur, que é apoiado pelo bilionário Steve Cohen e conhecido por sua parceria com o NFT da Hello Kitty, disse estar encerrando as atividades gradualmente devido aos “desafios e mudanças não previstos no horizonte dos negócios”. A plataforma de mídia social da Nifty, apoiada por Mark Cuban e Joe Lubin, que fez parceria com a Warner Bros para os NFTs com o tema Looney Tunes antes de mudar de estratégia, também disse que está fechando as portas, citando oportunidades de investimento que “não deram certo”.
As plataformas e projetos sobreviventes também não estão se saindo bem: o principal mercado de NFTs, o Blur, viu seu volume de vendas – medido em Ether – cair 96% entre o pico do final de junho e o início de agosto, mostram dados da Dune Analytics.
Os criadores por trás da arte digital também ficaram preocupados depois que o mercado de NFTs OpenSea decidiu tornar o pagamento de royalties das vendas secundárias das obras opcional, em vez de obrigatório, no mês passado. “Há muito desespero em certos aspectos neste ramo”, disse Melendez.
Junto com isso está o medo de possíveis medidas severas contra o setor por parte das agências reguladoras. Na segunda-feira, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos adotou sua primeira ação coercitiva contra os NFTs, alegando que os tokens oferecidos por uma empresa com sede em Los Angeles eram, na verdade, títulos não registrados.
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