O Ibovespa fechou o pregão de hoje (14) em alta de 1,03% aos 119.391,55 pontos, próximo à máxima de 119.748,08. Na mínima, o índice tocou 118.181,15 pontos. O volume financeiro foi de R$ 23,9 bilhões.
O Ibovespa obteve o quarto ganho consecutivo, em sua melhor sequência desde o intervalo de 20 a 26 de julho, de cinco altas. Na semana, o índice da B3 avança 3,54% e, no mês, tem alta de 3,15%. No ano, acumula ganho de 8,80%.
O bom desempenho do Ibovespa hoje foi influenciado pela cotação das commodities. O minério de ferro fechou em alta mais uma vez na China, enquanto o petróleo teve avanço de mais de 2% durante a sessão. O WTI, aliás, ultrapassou a faixa dos US$ 90 por barril pela primeira vez desde novembro de 2022. Assim, as companhias ligadas às commodities, que têm grande peso na Bolsa, foram beneficiadas, empurrando o índice para cima.
Além disso, em mais uma tentativa de estimular a sua economia, a China reduziu em 25 pontos-base o depósito compulsório bancário, o que deu um fôlego a mais aos mercados internacionais.
“Hoje, as ações do setor de commodities responderam bem ao corte de compulsório na China, mas o cenário ainda é desafiador, de forma que o Ibovespa, no ponto atual, deve manter uma lateralização nessa faixa que vai dos 117 mil até a resistência dos 121 mil, nível que enfrentará dificuldade para romper”, diz Gustavo Harada, chefe da mesa de renda variável da Blackbird Investimentos.
“A partir dessa medida, os bancos podem manter menos reservas junto à autoridade monetária, e isso faz com que haja maior dinheiro em circulação na economia chinesa”, explica Elcio Cardozo, sócio da Matriz Capital.
Harada menciona um cenário externo ainda difícil, com juros elevados nas maiores economias, apesar da recente melhora de perspectiva em relação à China. No contexto doméstico, o mercado volta a prestar atenção à situação fiscal e a eventuais medidas de oneração tributária para que o governo consiga se aproximar ou eventualmente atingir a meta de déficit zero para o próximo ano.
Nos Estados Unidos, após os dados de inflação de ontem e o número de pedidos de seguro-desemprego abaixo do consenso hoje, os principais índices fecharam em alta.
- Dow Jones: +0,96% a 34.907,51 pontos
- S&P500: +0,84% a 4.505,18 pontos
- Nasdaq: +0,81% a 13.926,05 pontos
Lá fora, “os dados americanos de hoje sugerem manutenção dos juros do Federal Reserve na semana que vem”, mas, considerando os últimos resultados corporativos trimestrais, as ações no índice amplo de Nova York, o S&P 500, ainda estão esticadas, observa Harada. E, com o nível de endividamento que se tem por lá, as empresas poderão começar a encontrar dificuldade no vencimento das dívidas, o que mantém no radar a possibilidade de correção mais aguda, tendo em vista o nível em que os índices de ações estão, acrescenta o gestor.
“Hoje, o núcleo do índice de preços ao produtor (PPI) nos Estados Unidos teve variação quase em linha com a expectativa para o mês de agosto. Também pela manhã, foi divulgada a leitura semanal sobre pedidos iniciais de auxílio-desemprego, em leve alta frente ao intervalo anterior, mostrando certo arrefecimento do mercado de trabalho americano. Por outro lado, as vendas do varejo nos Estados Unidos vieram bem acima do esperado para agosto, em alta de 0,6%”, diz Gabriel Costa, analista da Toro Investimentos.
Na próxima quarta-feira, no Brasil, também haverá a decisão do Copom sobre os juros de referência, a Selic. “Seguimos esperando um corte de 0,5 ponto porcentual, levando a taxa de juros para 12,75% ao ano. Entendemos que pressões domésticas e globais ainda devem manter o tom de cautela dos diretores do Banco Central – incluindo a recente alta nos preços de petróleo, o elevado nível das taxas de juros de longo prazo nos Estados Unidos, além do risco fiscal latente e da economia ainda resiliente por aqui”, aponta Antonio Sanches, analista da Rico Investimentos.
O dólar à vista fechou em queda de 0,91% a R$ 4,8727, após oscilar entre R$ 4,8628 e R$ 4,9217.
Bradespar lidera altas no Ibovespa
O maior ganho percentual do Ibovespa hoje ficou com a Bradespar (BRAP4), com alta de 5,21% a R$ 23,62. A companhia, que detém participação na Vale (VALE3), não só se beneficiou da alta do minério, como também teve sua recomendação elevada pelo JP Morgan de neutra para compra, com potencial de valorização de cerca de 29%.
O segundo maior…
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