A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu seis pessoas acusadas de fazerem parte de um grupo que simulava acidentes com carro de luxo para receberem dinheiro das seguradoras (veja imagens a seguir). Segundo a investigação, o grupo pode lucrado R$ 2 milhões com as práticas criminosas. Entre os presos, estão um empresário de Taguatinga e um ex-policial militar, que foi licenciado da corporação após emitir 150 cheques sem fundos.
Segundo a polícia, os acidentes forjados aconteceram nas cidades de Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires e Brasília. Investigadores contam que os suspeitos compravam veículos importados usados.
Os automóveis entram consertados e o grupo contratava seguros, com valor de indenização correspondente a 100% da tabela Fipe, um dos principais instrumentos usados por vendedores de carros seminovos e usados para precificar os veículos. . Os valores eram mais alto que os gastos com a compra e restauração.
A partir deste momento, os investigados batiam o carro propositalmente para que o veículo sofresse perda total. O grupo então solicitava o valor do seguro.
Para despistar as seguradoras, os suspeitos revezavam o papel no golpe. Em casa ação, um fazia o papel do proprietário, outro já agia como contratante do seguro. Os investigados também tinham sempre alguém que se passasse como um envolvido no acidente.
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Outro ato que buscava atrapalhar as investigações era o fato que as ocorrências eram feitas no Delegacia Econômica, afastando questionamentos sobre a polícia sobre o sinistro do veículo. Sinitro é qualquer ocorrência inesperada que está coberta pelo seguro contratado.
Os envolvidos
Os alvos da operação não tiveram os nomes revelados. Porém, a polícia explicou que o empresário e o ex-PM eram responsáveis por comprar os veículos e registraram as ocorrências, além de envolver parentes e amigos nos registros.
A dupla era auxiliada pelas próprias esposas – uma delas advogada. As mulheres cediam os dados pessoais para o registro dos acidentes forjados, adquiriam veículos, contratavam apólices de seguro e recebiam indenizações
Buscas e bloqueio de bens
Além da prisão temporária dos suspeitos, policiais civis também cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Taguatinga Norte, Vicente Pires e Ceilândia.
A justiça também determinou o sequestro de 20 veículos e o bloqueio de R$ 2 milhões das contas do seis investigados
Os crimes
Todo o grupo será indiciado por organização criminosa, que tem pena de reclusão de 3 a 8 anos.
Essa é a quinta operação da PCDF contra fraudes no recebimento de indenização de
seguro de veículos. As anteriores foram:
– 2011 – “Operação BR Segura”, da 18ªDP de Brazlândia;
– 2013 – “Operação Perda Total”, da extinta DECO – hoje DECOR
– 2020 – “Operação Total Loss” e “Navio Fantasma”, ambas da DRF/CORPATRI.
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