Em 2021, o mercado de live commerce movimentou em torno de US$ 157 bilhões, sendo 60% desse valor somente na China. A fim de trazer mais detalhes desse universo em crescimento, a McKinsey & Company apresenta um estudo com uma infinidade de insights e curiosidades.
Uma delas é a origem do live commerce (ou comércio ao vivo), apresentada em 2016 pelo Alibaba — o Taobao Live. Ao longo dos eventos, entendeu-se o perfil dos utilizadores e a forma como gostam de interagir. Neste caso, requer uma abordagem personalizada por mercado a fim de explorar todo o seu potencial.
Live commerce recortado por países
A China é o mais maduro de todos os mercados de live commerce. Por lá, 57% dos usuários compram neste formato há mais de três anos. Como comparativo, Europa, América Latina e Estados Unidos possuem entre 5 a 7%.
Muito por conta disso, a China tem a maior parcela de participantes frequentes de live commerce — 87% dos pesquisados participam de eventos de compras ao vivo pelo menos uma vez por mês. Interessante saber que na América Latina este número é de 64%, à frente de Europa (52%) e Estados Unidos (43%).
Categorias mais compradas no live commerce
Produtos de mercearia foram os mais adquiridos nos último 12 meses no mercado chinês durante as lives. Segundo o estudo, grande parte desse fato se dá por conta da pandemia, quando os agricultores da China passaram a atuar no live commerce.
Por outro lado, América Latina, Europa e Estados Unidos venderam mais a categoria de vestuário no live commerce. No mesmo período, a categoria de seguros foi a menos comprada nesses países (de 9 a 11%). A seguir você acompanha o gráfico com as categorias mais adquiridas no live commerce nos últimos 12 meses:
O vestuário foi a categoria de comércio ao vivo mais popular na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos. Nessas regiões, inclusive, a categoria menos consumida foi a de seguros — comprada por 9 a 11% dos usuários de live commerce nos últimos 12 meses.
Live commerce tem muito a crescer
Cerca de 72% dos utilizadores na China concordaram ou concordaram fortemente que querem comprar mais produtos por meio deste formato de compra, à frente dos usuários na América Latina (63%), nos Estados Unidos (49%) e na Europa (38%).
Ainda, cerca de 67% dos utilizadores na China concordaram ou concordaram fortemente que querem gastar mais. E o mesmo vale para 49% dos usuários na América Latina, 39% nos Estados Unidos e 33% na Europa.
O que falta para o crescimento do live commerce nos outros países
Essa foi uma das perguntas lançadas pelo estudo, que obteve as seguintes respostas. Na Europa, por exemplo, a conveniência segue como principal barreira, opinião de 29% dos respondentes. Estados e América Latina tiveram como empecilho o momento dos espetáculos ao vivo (29% e 32% dos entrevistados, respectivamente). Na América Latina, aliás, outro problema foi em relação custo vs benefício dos produtos oferecidos nas lives.
Ainda sobre a insatisfação, muitos respondentes expressaram preocupações em relação à falta de variedade no conteúdo transmitido ao vivo, bem como à ênfase clara em estratégias de venda.
Alguns também consideraram as narrativas repetitivas e as demonstrações de produtos excessivamente prolongadas. Além disso, tanto espectadores nos Estados Unidos quanto na Europa comentaram sobre a duração excessiva dos programas em geral.
Live commerce por idade
Quando examinado os consumidores frequentes de live commerce, a idade média global ficou de 33 a 36 anos, com a maioria na faixa etária de 25 a 34 anos. No entanto, as diferenças se manifestaram conforme o mercado, como ilustrado na imagem a seguir.
Nos EUA, os usuários estavam distribuídos uniformemente por faixas etárias, enquanto na Europa e na China havia uma tendência para um público mais jovem, com idades entre 18 e 34 anos. Já na América Latina, os…
Read More: Live commerce na América Latina tem tudo para revolucionar o varejo, mostra