O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (13) em queda de 1,11% aos 115.754,08 pontos, próximo à mínima de 115.658,27 pontos. Na máxima, o índice tocou 117.070,35 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 21,2 bilhões. Na semana, o Ibovespa subiu 1,39%.
O dia foi majoritariamente de aversão ao risco, com o índice passando por correções após o feriado da véspera e investidores cautelosos com a chegada do fim de semana e a possível escalada na guerra entre Israel e Hamas.
O petróleo voltou a subir forte nesta sexta-feira, com receios de que o Irã possa participar mais ativamente do conflito, o que deve gerar travas na produção e na distribuição da commodity. Nessa esteira, os treasuries voltam a subir nos Estados Unidos, impulsionando também a curva de juros futuros no Brasil, que teve alta de até 18 pontos-base. Nesse contexto, o dólar também avança frente ao real, com os investidores buscando proteção.
A temporada de balanços teve início nos Estados Unidos, com alguns bancos divulgando dados positivos. Mesmo assim, o cenário de cautela prevaleceu, e os principais índices de Nova York fecharam em direção mista, com Dow Jones em leve alta e Nasdaq com queda substancial.
- Dow Jones: +0,12% a 33.670 pontos
- S&P500: -0,50% a 4.327 pontos
- Nasdaq: -1,23% a 13.407 pontos
O dólar à vista fechou em alta de 0,77% a R$ 5,0885. Na semana, porém, a moeda caiu 1,43%.
“Nossa bolsa caiu hoje com o aumento do receio com a guerra. Fim de semana está aí com Israel prestes a iniciar uma invasão por terra na faixa de Gaza e o mercado está com bastante incerteza do que pode acontecer. O pior cenário seria o Irã se envolver diretamente na guerra, o que poderia elevar ainda mais as cotações do petróleo. Também tivemos altas nos juros futuros, pressionados por essa alta da commodity. Além disso, houve sinalizações de que o Banco Central pode diminuir a magnitude dos cortes da Selic de 0,50% para 0,25%”, analisa André Fernandes, sócio da A7 Capital.
O grande destaque do Ibovespa hoje ficou com as petroleiras, beneficiadas pelo avanço de mais de 5% no petróleo. Petrobras PN (PETR4) teve a terceira maior alta, com +3,30% a R$ 36,28, enquanto Petrobras ON (PETR3) ficou com o quinto melhor desempenho, com +3,15% a R$ 39,32.
Das cinco maiores altas do índice, quatro foram de petroleiras. A “intrusa” foi Suzano (SUZB3), segundo lugar com +3,37% a R$ 58,56. Prio (PRIO3) liderou, com +5,04% a R$ 50. 3R Petroleum (RRRP3) também esteve na lista, com +3,19% a R$ 32,31, quarto maior avanço do índice.
A Vale (VALE3), por sua vez, contribuiu para a queda do Ibovespa, com recuo de 1,14% a R$ 66,59. Entre as pares, Gerdau GGBR4), -0,84% a R$ 22,33; CSN (CSNA3), -1,10% a R$ 11,64; e Usiminas (USIM5), -1,26% a R$ 6,26.
“As únicas ganhadoras nesta sessão foram as ações de empresas que podem se beneficiar do cenário, com ampliação da receita, como as petroleiras, pela alta da commodity, e exportadoras, devido à alta do dólar. As ações da Vale e das siderúrgicas caíram, prejudicadas pelos dados econômicos na China, em que as exportações recuaram 6,2% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2022.”, afirma Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
Entre os bancos, desempenho foi amplamente negativo: Banco do Brasil (BBAS3), -0,31% a R$ 48,82; Bradesco (BBDC4), -1,50% a R$ 14,49; Itaú (ITUB4), -1,04% a R$ 27,69, e Santander (SANB11), -1,79% a R$ 27,48.
As principais perdas foram de varejistas, impactadas negativamente pelo avanço dos juros e pela alta do dólar. O maior recuo foi de Casas Bahia (BHIA3), -8,20% a R$ 0,56 com o Citi afirmando que a companhia precisa de um processo de reestruturação profundo. Grupo Soma (SOMA3) veio na sequência, com -7,26% a R$ 5,62. Natura (NTCO3), que homologou aumento de capital, fechou o top 3 das quedas com -7,01% a R$13,80.
Cotações de Ações
Cotações extraídas em 13/10/2023 às 17:39
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
*Cotações…
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