Os índices futuros de Nova York iniciaram o dia em ligeira queda nesta segunda-feira (23), aguardando as novas divulgações da temporada de resultados. Logo na abertura da sessão, os índices ensaiaram uma alta, mas ao longo da manhã viraram para queda.
Na semana anterior, as principais bolsas dos EUA tiveram perdas, com S&P 500 recuando 2,4%, Dow Jones descendo 1,6% e a Nasdaq com queda de 3,2%. O movimento acompanhou a alta dos Treasuries yields, que chegaram a seus maiores patamares desde 2007.
Nesta segunda, o rendimento dos Treasuries de 10 anos subiu cerca de 9 pontos base, ultrapassando o nível chave de 5%. O rendimento das notas de 2 anos e dos títulos de 30 anos também subiu.
A alta ocorre no momento em que os traders avaliam qual será o próximo movimento de política monetária do Federal Reserve. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na semana passada que a inflação continuava muito alta, acrescentando que provavelmente seria necessário um crescimento econômico mais lento para aliviar as pressões.
Durante a semana, os mercados acompanharão a divulgação de gigantes da tecnologia, como Alphabet, Meta, Microsoft e a Amazon. Na semana passada, a Netflix reportou acima das expectativas enquanto a Tesla apresentou números abaixo do esperado.
Além disso, os indicadores de atividade econômica mais aguardados serão divulgados na quinta-feira, com anúncio do PIB preliminar do 3º trimestre com expectativa de alta de 4,4%, balança comercial e os dados semanais de auxílio desemprego. Hoje, será apresentado o índice de atividade nacional, pelo Federal Reserve, e na terça-feira, o índice PMI composto de outubro.
A sexta-feira ainda será um dia cheio para indicadores, com apresentação dos números de rendimento pessoal, gastos pessoais (com projeção de alta de 0,5%) e o deflator do PCE (que deve crescer 0,4% pelo consenso). Haverá, ainda, a divulgação do índice de confiança da Universidade de Michigan e a sondagem de serviços, pelo Fed.
Sobre conflito entre Israel e o Hamas, no final de semana comboios com comida, água e remédio chegaram aos Palestinos, e mais 40 caminhões com suprimentos deve chegar à região, de acordo com a ONU.
De acordo com a radio ABC de Melbourne, o porta-voz do exército de Israel, Jonathan Conricus, disse que uma rendição completa do Hamas e a devolução dos reféns poderia evitar uma entrada via solo das forças armadas na Faixa de Gaza.
Na Europa, as bolsas amanheceram sem direção, mas também passaram a ter queda, acompanhando os desdobramentos das tensões no Oriente Médio e aguardando a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que será divulgada na quinta-feira.
As bolsas asiáticas encerram o dia em baixa, ainda aguardando os dados econômicos da região, que serão divulgados por Austrália, Japão e Coreia do Sul nesta semana.
Na Argentina, a eleição presidencial será decidida em segundo turno entre o atual ministro da Economia, Sergio Massa (União Pela Pátria), e o candidato ultraliberal Javier Milei (A Liberdade Avança).
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros de NY operavam com fortes quedas no início da sessão, em semana marcada pela divulgação de resultados. Investidores ainda acompanham desdobramentos da guerra entre Israel e o Hamas.
De acordo com analistas, a volatilidade no mercado de bônus norte-americano devem continuar, tendo em vista a resiliência da economia dos EUA, os sinais contraditórios do Fed e a tensão geopolítica, além do aumento da oferta de dívida.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro (EUA), -0,32%
- S&P 500 Futuro (EUA), -0,34%
- Nasdaq Futuro (EUA), -0,4%
Ásia
Os mercados da Ásia-Pacífico continuam em queda, seguindo o movimento da semana passada.
Entre os destaques da agenda da semana, estão a divulgação de dados econômicos de toda a região e números do produto interno bruto do terceiro trimestre da Coreia do Sul. Além disso, os índices seguem reagindo à alta dos treasury yields nos EUA, que chegaram ao seu patamar máximo desde 2007 na semana passada e abriram o dia em alta.
A Austrália divulgará os números de inflação de setembro na quarta-feira, enquanto o Japão lançará os números de inflação de Tóquio na sexta-feira.
Singapura viu sua taxa de inflação em setembro subir ligeiramente para 4,1%, de 4% em agosto, em linha com…
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