Porém, diferentemente das motos de baixa cilindrada, cujo principal destino é o mercado ilegal de peças usadas, os modelos maiores são furtados ou roubados para ostentação. “A principal motivação é justamente essa: empinar, fazer manobras e ostentar nas redes sociais”, afirma Vitor Corrêa, coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker.
Basta navegar pelas principais redes sociais para encontrar perfis, com milhões de seguidores, nos quais jovens aceleram e fazem manobras com motos de alta cilindrada. Muitas delas, porém, são frutos de roubo ou furto e têm as placas retiradas ou escondidas, para dificultar a identificação.
Além de ostentar, outra motivação para os crimes seria a prática de outros delitos. “Algumas motos maiores e mais potentes também são utilizadas para cometer outros crimes. Justamente por isso existe uma preferência pelos modelos bigtrail que, por serem mais robustos e terem suspensões reforçadas, facilitam a fuga”, afirma Corrêa.
Ainda de acordo com o especialista, começa também a surgir um mercado ilegal de peças de motos de alta cilindrada. Embora os rastreadores ajudem a empresa a localizar as motos, a recuperação só é feita quando o veículo está parado e sempre com a ajuda das autoridades.
“Com isso, já localizamos algumas motos que estavam completamente desmontadas, ou seja, prontas para serem vendidas no mercado ilegal”, afirma.
Para não contribuir com esse mercado, Corrêa aconselha aos consumidores exigirem nota fiscal ao comprar peças usadas. Dessa forma, o motociclista garante que a procedência do item não é ilícita e não fomenta esse tipo de crime. “O comércio de peças ilegais, como todo negócio, funciona sob demanda. Se aumenta a procura por peças de determinados modelos, estes vão ficar na mira dos bandidos também”, alerta Corrêa.
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