O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (31) em alta de 0,54%, aos 113.143,67 pontos, após oscilar entre mínima de 112.098,12 e máxima de 113.597,32. O volume financeiro do dia foi de R$ 18,9 bilhões.
O Ibovespa terminou outubro acumulando perda de 2,94% no mês, vindo de ganho de 0,71% em setembro, que havia sucedido queda de 5,09% em agosto – um mergulho que tinha interrompido uma sequência positiva entre abril e julho, que levava então o índice da B3 a acumular, em 31 de julho, alta de 11,13% no ano. Com a correção que se impôs a partir de agosto, e que se mantém neste fim de outubro com fatores de risco como a guerra no Oriente Médio e a escalada dos rendimentos dos Treasuries longos nos Estados Unidos, o Ibovespa mostra agora avanço de apenas 3,11% em 2023.
O Ibovespa hoje iniciou a sessão em queda, mas não demorou muito para engatar um viés positivo, em linha com o exterior. Após os ruídos fiscais que derrubaram o índice nos últimos pregões, hoje o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tentou amenizar a situação, afirmando que o governo está focado em aumentar a arrecadação.
Na mínima desta terça, pouco acima do limiar de 112 mil pontos, o Ibovespa tocou o menor nível desde 6 de outubro no gráfico intradiário, tendo batido durante aquela sessão nos 111.598,57 pontos. Desde o último dia 20, o índice da B3 tem operado em parte da sessão abaixo dos 113 mil pontos, tendo encerrado na faixa dos 112 mil em três oportunidades no mês, nos dias 30, 25 e 23 de outubro.
Graficamente, “se o Ibovespa perder a região dos 112 mil pontos, perde também a média móvel de 200 períodos, referência observada de perto pelo mercado, na medida em que, abaixo desse nível, pode abrir caminho para quedas mais abruptas, que o levariam, provavelmente, aos 108,3 mil pontos, a região de suporte seguinte”, diz Stefany Oliveira, head de análise de trade da Toro Investimentos.
Nos Estados Unidos, o mercado se manteve no positivo durante toda a sessão, na véspera de mais uma reunião de política monetária. A decisão sobre juros deve mexer com os índices – assim como o Comitê de Política Monetária, que anuncia a Selic nesta Super Quarta.
Confira como foi o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: +0,38% a 33.052,61 pontos
- S&P500: +0,65% a 4.193,77 pontos
- Nasdaq: +0,48% a 12.851,24 pontos
O dólar à vista fechou em queda de 0,11% a R$ 5,0414, após oscilar entre R$ 5,0090 e R$ 5,0705.
“O Ibovespa subiu em linha com os índices dos Estados Unidos. Após forte reação negativa do mercado diante das declarações do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a possibilidade de alteração da meta do déficit primário de 0,25% para 0,5%”, analisa Elcio Cardozo, sócio da Matriz Capital.
“Hoje o ministro Alexandre Padilha afirmou que essa alteração não foi debatida. O que está sendo discutido são ações para aumento de arrecadação, que aliviaria as contas públicas. Hoje não foram divulgados indicadores relevantes no país ou nos Estados Unidos, o que fez com que o mercado operasse com menor volatilidade”, acrescenta o analista.
A Petrobras esteve novamente no negativo nesta terça-feira, em linha com a queda do petróleo e com os investidores ainda receosos com as mudanças no estatuto da companhia. Petrobras ON (PETR3) teve queda de 0,86% a R$ 37,84 e Petrobras PN (PETR4) encerrou em baixa de 0,97% a R$ 34,74.
A Vale (VALE3), por sua vez, esteve novamente no positivo, com +1,20% a R$ 69, em linha com mais um avanço do minério de ferro. Entre as pares, Usiminas (USIM5) avançou 1,54% a R$ 6,61 e CSN (CSNA3) subiu 2,26% a R$ 11,76. Já Gerdau (GGBR4) teve queda de 0,50% R$ 21,77.
Outra empresa que teve grande contribuição para a alta do Ibovespa foi a Ambev (ABEV3), com +4,05% a R$ 12,86, após reportar alta de 25% no lucro líquido.
Os bancos, por sua vez, estiveram entre os destaques negativos. Bradesco (BBDC4) teve a terceira maior queda do índice, com -1,14% a R$ 13,99, após o CEO da companhia falar sobre a existência de 42 mil processos trabalhistas contra a instituição. Itaú (ITUB4) caiu 0,96% a R$ 26,82, e Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 0,23% a R$ 48,35. A exceção ficou com o Santander (SANB11), com +0,79% a R$ 26,92.
Braskem (BRKM5), que na véspera reportou fracos resultados operacionais, liderou as quedas do índice, com -3.08% a R$ 16,07. Magazine Luiza (MGLU3) veio na sequência, com -2,92% a R$ 1,33.
O maior…