Repleto de incertezas, o mercado de café continua instável, em Nova York. Os lotes para março do ano que vem, os mais negociados, sobem agora 0,67%, cotados a US$ 1,7055 a libra-peso. Ontem, eles caíram mais de 1% e no dia anterior, subiram 1,6%.
Em relatório, a Hedgepoint Global Markets diz que os preços futuros estão em um momento de volatilidade que não era visto desde o segundo trimestre deste ano.
A consultoria lembra que as altas recentes em Nova York foram motivadas pela valorização do real em relação ao dólar, e ainda pela baixa dos estoques de cafés certificados na bolsa, que estão nos níveis mais baixos em 20 anos.
“A redução [dos estoques] foi principalmente devido aos cafés brasileiros. Somente agora, com o avanço dos preços em Nova York, os diferenciais brasileiros caíram abaixo das médias de curto prazo, pois estavam limitando possíveis novas certificações”, destaca a empresa.
Além disso, acrescenta a Hedge, apesar da melhora nas condições climáticas e de uma visão inicial muito otimista para a safra brasileira em 2024/25, algumas regiões podem não atingir os volumes recordes de produção no próximo ano, como pensado por alguns participantes do mercado.
“Por exemplo, o sul de Minas Gerais provavelmente produzirá menos do que em 2020/21. Nossa estimativa atual é de 19 milhões de sacas, mas com uma faixa inferior de estimativas em 17,2 milhões de sacas”, diz a consultoria.
O açúcar também reverte o comportamento de ontem, ao subir 0,94% nesta manhã, a 27,85 centavos de dólar por libra-peso.
Nos fundamentos, os investidores acompanham a finalização da safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil. As chuvas impactaram a colheita nos últimos dias, embora as perspectivas para a produção de açúcar na região permaneçam favoráveis.
Nas negociações do cacau na bolsa de Nova York, os lotes para março do ano operam estáveis, a US$ 3.905 por tonelada. O algodão para dezembro, por sua vez, cai 0,51%, a 75,89 centavos de dólar a libra-peso.
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