Ibovespa hoje cai e acompanha perdas na NYSE
Foi uma terça-feira de altos e baixos, mas não para as ações de commodities. Elas ficaram com altas confortáveis durante toda a sessão e evitaram uma queda maior da Bolsa brasileira. Petrobras (PETR4), por exemplo, subiu 2,70%*, na máxima do dia, com o petróleo internacional variando ao redor da estabilidade, com três cenários possíveis, mas também por conta de recordes na produção apresentados pela estatal, que animaram o mercado.
As petro juniores terminaram mistas: PRIO (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) subindo 0,80% e 2,11%, e Enauta (ENAT3) e Petrorecôncavo (RECV3) caindo 2,14% e 2,39%.
A Vale (VALE3) pegou novo impulso na alta do minério de ferro e subiu 0,82%, com maior demanda fazendo os estoques na China atingirem o menor patamar em 7 anos. Hoje a mineradora também anunciou a criação da Agera, empresa para comercializar areia aproveitando rejeitos da mineração. Ademais, a Vale divulga dados de produção hoje, após o fechamentos dos mercados.
Quem também oscilou junto com o mercado foi o setor aéreo, voando entre altas e baixas. A Azul (AZUL4) abriu em queda, subiu no meio da tarde e voltou para o negativo, para fechar com menos 0,30%.
Já a Gol (GOLL4) ficou mais estável durante a sessão e terminou o dia com mais 4,28%, com investidores digerindo os números preliminares do terceiro trimestre de 2023 (3T23), o que levou a uma revisão nas projeções por parte de analistas.
E Embraer (EMBR3) segue oferecendo boas notícias aos acionistas, tendo subido 0,57%, agora com a República Tcheca iniciando negociações para compra do C-390 Millennium.
As empresas de papel e celulose também ganharam. Klabin (KLBN11) avançou 0,34%, com analistas dizendo que ainda não é hora de colher “frutos” do rali, tendo novo aumento de preços no radar.
Suzano (SUZB3), após fechar preliminarmente em queda, encerrou com alta de 0,17%, após passar parte da sessão com ganhos, em meio ao anúncio de elevação do preço da celulose na China, em US$ 50, a tonelada, para novembro, segundo a Reuters. Na Europa e na América do Norte, a alta foi de US$ 80 a tonelada.
Bancos e varejistas puxam quedas
O esforço desses setores ligados a commodities não foi suficiente, entretanto, para salvar o Ibovespa hoje, graças ao desempenho fraco de bancos e varejistas.
O grandes bancos ainda operaram mistos durante a sessão, mas sucumbiram no meio da tarde e BB (BBAS3) desceu 0,90%, Bradesco (BBDC4) caiu 1,02% e Itaú Unibanco (ITUB4) perdeu 1,48%. B3 (B3SA3) também recuou, com 4,00%.
Já os varejistas viram os DIs (juros futuros) ganharem força no meio da tarde e acabaram no vermelho. Lojas Renner (LREN3) caiu 1,16% e Magazine Luiza (MGLU3) perdeu amplos 5,59%.
Os supermercadistas foram na mesma linha, com Assaí (ASAI3) descendo 1,70%, Carrefour (CRFB3) despencando 4,21% e GPA (PCAR3), que subiu mais de 8% ontem, ficando hoje 1,86% no vermelho.
Enquanto isso, Hapvida (HAPV3), mesmo com recomendação de compra (pela análise fundamentalista), opera com tendência de baixa no curto prazo (pela análise técnica), e caiu hoje 1,75%.
Já as construtoras de baixa renda tiveram um começo de dia bom, com STF adiando julgamento sobre FGTS, mas terminaram mesmo no negativo: MRV (MRVE3), por exemplo, caiu 0,65%.
Ainda no setor, analistas entendem que foi Cyrela (CYRE3) que apresentou os melhores números prévios do 3T23. A ação, entretanto, caiu 2,20%.
Ibovespa hoje se movimenta junto com NY
Por fim, o Ibovespa hoje variou ao sabor de Wall Street: abriu em baixa, virou durante a tarde e novamente ficou negativo, para fechar com queda de 0,54%, aos 115,9 mil pontos*. O movimento foi idêntico a Nova York. Segundo o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, o cenário externo vem sendo, desde agosto, predominante na precificação de ativos.
Tanto lá quanto cá os indicadores econômicos decepcionaram. Aqui, o setor de serviços caiu depois de três altas seguidas e frustrou as projeções. Por lá, primeiro a vendas no varejo vieram acima das expectativas e mostraram ao mercado que o Fed ainda tem trabalho a fazer; e depois os dados da indústria reforçaram a tese.
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