Ibovespa hoje cai, mas fica acima dos 125 mil pontos
Um dia de correções para a Bolsa brasileira, depois de quatro sessões de ganhos. Um bom exemplo foi Petrobras (PETR4) que caiu 0,65%, após passar o dia no negativo e sem forças para virar. Hoje, a estatal pagou a primeira parcela de um total de R$ 15 bilhões em proventos intercalares aos acionistas.
Entretanto, o que tira o sono dos investidores da Petrobras é a desconfiança com relação à governança. O diretor da área, Mário Spinelli, disse hoje que existem regras que pautam todo o processo decisório da companhia. A declaração ocorre na sequência de falas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrando da empresa uma redução mais significativa dos preços dos combustíveis.
Hoje, o CEO da empresa, Jean Paul Prates, esteve reunido com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A jornalistas, na saída da reunião, Prates disse que não tratou sobre preços dos combustíveis e nem recebeu pedidos nesse sentido. Ele afirmou que tratou do plano estratégico de investimentos, cujas diretrizes devem ser aprovadas na quinta-feira.
Assim como a petroleira, quem também não ajudou o Ibovespa foram as varejistas. Magazine Luiza (MGLU3) perdeu 6,58%, após quatro dias de alta – tal e qual o Ibovespa. Suas ações têm apresentado expressiva recuperação mesmo com as dificuldades do setor e após meses figurando entre as maiores quedas. Hoje, DIs (juros futuros) e realização fizeram o papel retroceder.
Lojas Renner (LREN3), com queda de 1,71%; Grupo Soma (SOMA3), com menos 4,07%; e Assaí (ASAI3), com recuo de 0,85%, contribuíram para a Bolsa no vermelho.
Entretanto, fora do índice principal, Americanas (AMER3) deu um salto de 16,83%, com notícia sobre acordo iminente com os credores, algo que a empresa não confirmou.
Vale (VALE3) evita queda maior
A Vale (VALE3) acelerou 2,42% nesta terça. Os contratos futuros de minério de ferro subiram pela segunda sessão seguida, com o índice de referência de Cingapura atingindo uma máxima de oito meses, impulsionado pelo mais recente apoio de Pequim ao setor imobiliário e preocupações com possíveis interrupções no fornecimento.
Além disso, após o Bank of America elevar a recomendação para os ativos da Vale na véspera, hoje foi a vez do Goldman Sachs destacar o maior otimismo com os ADRs da mineradora.
Após a forte alta de ontem, as siderúrgicas e metalúrgicas tiveram mais uma valorização: CSN (CSNA3) subiu 0,86% e Usiminas (USIM5) ganhou 0,26%. Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que apresentaram quedas amplas ontem, hoje conseguiram uma recuperação parcial, com altas de 1,65% e 0,56%, respectivamente. Um banco observou que ainda há uma guerra de tarifas de importação do aço chinês pelo mundo.
TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3) em alta
Como esperado, os resultados do 3T23 de TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3) vieram sólidos e acima das expectativas do mercado. E, entre as duas, para o JPMorgan, a TIM oferece condições superiores para ser considerada a preferida no setor.
Hoje, ambas as empresas ofereceram ganhos, com TIMS3 subindo 1,51% e VIVT3 ganhando 0,68%.
O CEO de Vivo afirmou que capex mais baixo não tira obrigação de continuar crescendo. Apesar de redução no capital investido neste ano, companhia quer chegar em cidades onde há pouca ou nenhuma cobertura com serviços móveis e fibra.
Em outro setor da B3, outro relatório deu impulso a IRB (IRBR3), que avançou 1,59%. O Citi elevou preço-alvo para ações de R$ 40 para R$ 44 após o ressegurador superar as expectativas do banco no terceiro trimestre de 2023. A recomendação, contudo, segue neutra para os papéis da companhia.
Aliás, a própria B3 (B3SA3) teve preço-alvo cortado, mas de R$ 14,80 para R$ 14,50. O Goldman Sachs reiterou recomendação neutra, ao revisar projeções para o final do ano. A ação é uma opção defensiva e com geração de caixa saudável, “porém, pode estar dependente da recuperação dos volumes, o que está fora do controle da administração”, que “continua empenhada em devolver capital aos acionistas sob a forma de dividendos e recompras”. O ativo fechou com queda de 2,06%.
Fechando o giro, Marfrig (MRFG3) subiu 1,93%, na contramão dos demais frigoríficos, que caíram, ao aprovar recompra de até 31 milhões de ações e alongar linhas de…
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