Ibovespa hoje cai aos 125,5 mil pontos
Sextou e foi com uma sexta-feira de notícias importantes. Como anunciado, a Petrobras (PETR4) divulgou seu plano de investimentos 2024-2028, com previsão de investir US$ 102 bilhões, uma alta de 31%, ante o anterior. O mercado, que estava apreensivo, viu números que, se não parecem tão empolgantes, também não foram tão ruins, como muitos poderiam esperar, além de tirar um grande fator de incerteza da frente.
Após o anúncio, a petroleira iniciou o pregão em queda, mas a teleconferência com a diretoria detalhando o plano fez as ações passarem a oscilar, levando PETR3 para queda na maior parte do tempo, para terminar com menos 0,29%; e PETR4, para o positivo na maior parte da sessão, para encerrar com alta de 0,28%. Oscilação foi a palavra de ordem.
Além disso, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, tratou de afastar os rumores de que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, estaria insatisfeito com a atual política de precificação de combustíveis da companhia: “o Presidente jamais me pediu para abaixar ou aumentar preço de combustíveis. Ele sabe e reconhece que há um rito para isso”.
Na esteira, segundo um grande banco, duas outras empresas podem se beneficiar do Plano de Investimentos da Petrobras. São elas: Wilson Sons (PORT3), operadora integrada de logística portuária que poderia ganhar com demanda por embarcações de apoio offshore (OSVs), e a WEG (WEGE3), fabricante de motores elétricos, por projetos de baixo carbono. Mesmo assim, PORT3 caiu 0,19% e WEGE3 perdeu 1,00%.
Vale (VALE3) cai e Cemig (CMIG4) segue em baixa
Vale (VALE3) chegou ao terceiro dia seguido de queda, com 0,85%, e ainda assim a semana terminou positiva, com 1,89%. A mineradora informou que, em decisão publicada hoje, o Tribunal de Apelação Inglês declinou pedido da mineradora de ouvir recurso sobre a competência do tribunal para julgar a ação de contribuição movida pela BHP contra a empresa.
A Cemig (CMIG4) segue com problemas diante da possível federalização, como forma de abater dívida do estado de Minas Gerais com a União. Hoje a empresa caiu mais uma vez, agora 3,91% (na semana, a queda é de 21,43%), com ofício recebido do governador do estado, Romeu Zema (Novo), sobre o assunto. Analistas enxergam isso como mais um desdobramento negativo para empresa.
A Copasa (CSMG3) também está nesse balaio e também recebeu o ofício. Hoje, porém, a empresa avançou 1,05%.
Já CSN (CSNA3) caiu 1,01%, mas análise técnica mostra que papel está em tendência de alta no tempo gráfico diário e semanal.
Varejistas caem na Black Friday
O dia seguinte ao feriado de Ação de Graças nos EUA é a Black Friday, data criada para troca de presentes e que o varejo brasileiro deu um jeitinho de importar para aquecer ainda mais o setor, inclusive para geração de empregos.
Nas visões iniciais deste dia, feitas por analistas, segmentos de beleza e moda apresentam desempenho mais fracos para todos os players, enquanto farmácias apresentam forte demanda digital.
As ações mexeram para o lado negativo. Magazine Luiza (MGLU3) despencou 8,29%, ficando abaixo dos R$ 2. Lojas Renner (LREN3) desceu 3,13%; Grupo Soma (SOMA3) caiu 3,96%; GPA (PCAR3) recuou 3,00%; e Assaí (ASAI3) cedeu 3,31%. Já RaiaDrogasil (RADL3) recuou 0,11%.
Casas Bahia (BHIA3) desabou 8,62%, com um problema extra: agência de risco rebaixou rating de ‘brA-’ para ‘brBBB-’ por resultados abaixo do esperado.
Ibovespa chega à quinta semana positiva seguida
Por fim, o Ibovespa fechou a sexta-feira com queda de 0,84%, aos 125,5 mil pontos, e mesmo assim encerrou a semana com alta acumulada de 0,60%. É a quinta semana seguida no positivo, melhor sequência desde as nove semanas em alta, de 24 de abril a 23 de junho deste ano.
Mas o noticiário e especialmente a política jogaram contra. Enquanto o Senado e o STF trocam farpas por uma PEC sobre decisões monocráticas aprovada ontem, no Executivo, o presidente Lula segue conselho da Fazenda e veta projeto completo de prorrogação da desoneração da folha de pagamento. Quase todo mundo diz que os vetos cairão no Congresso, a começar pelos próprios parlamentares. Mas o estrago estava feito.
Presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), diz que o veto será apreciado ainda este ano. E empresários enxergam clima favorável para…
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