Lula não pretende incentivar a ofensiva do presidente venezuelano Nicolás Maduro, mas também não sabe o que fazer se o aliado seguir com a ideia e decidir, por fim, invadir o vizinho.
O presidente brasileiro tem acompanhado o litígio com atenção. Representantes do governo brasileiro têm conversado com lideranças dos dois países em busca de acalmar os ânimos.
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O governo brasileiro descarta a possibilidade de guerra na região no momento e não vê o acirramento militar como algo mais provável. Por outro lado, também reconhece que, a qualquer sinal de crise, o Brasil – país mais poderoso da região – não pode se mostrar indiferente.
No final de novembro, o ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial para Assuntos Internacionais de Lula, foi a Caracas conversar com Maduro. Ele pediu para que o venezuelano maneirasse no tom e pensasse em uma solução diferente do referendo, que impusesse uma solução externa ao país vizinho.
Na última quinta (30), Lula se encontrou com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, nos Emirados Árabes. O líder vizinho pediu que o colega intercedesse junto ao aliado bolivariano, e o petista o tranquilizou, argumentando que o litígio será resolvido por meio da diplomacia.
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