Operação da PF contra exportação ilegal de diamantes prende 5 e cumpre mandados de busca
Segundo a Polícia Federal, há provas que a organização criminosa investigada atua em mais de dez de países, envolvendo fornecedores, clientes e instituições bancárias utilizadas para a engenharia financeira, com movimentação de valores superiores a R$ 30 milhões.
Durante a operação desta quarta foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão em vários estados. Foram apreendidos:
- Carros:
1 Hilux
1 Blazer
1 Land Rover
1 Audi
1 Renegade
1 Renaut
2 BMW
2 Porsche
1 Dodge Ram - Dinheiro:
R$ 115.000,00
US$ 14.548,00
EU$ 300,00
AUS$20,00 - Pedras preciosas: 28 sacos, totalizando 49 unidades
- 6 relógios
- 31 joias diversas
- 2 armas
- 18 munições
- 12 laptops
- 29 celulares
- 18 apetrechos
- 1 chip
- 23 pen drives
- 12 HDs
No caso das pedras, a PF informou que elas são lacradas e encaminhadas à perícia para determinar valores e quantidades.
Um avião que seria de um dos investigados também foi alvo de busca e apreensão, mas não foi apreendido porque, embora já tenha sido registrado em nome de um dos investigados, atualmente está em nome de outra pessoa.
Em Piracicaba, parte das apreensões foi feita em um condomínio de alto padrão. No local foram encontrados relógios, pedras preciosas, documentos e equipamentos para verificação de joias.
Também constam medidas cautelares a serem cumpridas por cooperação policial e jurídica com Estados Unidos, Bélgica, Inglaterra e Emirados Árabes Unidos.
A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 38 milhões dos investigados.
De acordo com a PF, o nome da operação é Itamarã faz referência à comunidade indígena Tekoha Itamarã, de etnia Guarani, a qual utiliza o nome em referência a diamante.
As investigações começaram no segundo semestre de 2020, quando informações recebidas pela Unidade de Inteligência da Polícia Federal em Piracicaba apontaram para a existência de uma organização criminosa que atuaria na extração mineral irregular, receptação qualificada e contrabando de pedras preciosas.
As primeiras informações foram confirmadas por meio da prisão em flagrante de um dos investigados quando embarcava no Aeroporto Internacional de Guarulhos com destino a Dubai, transportando diamantes brutos sem a devida documentação fiscal, avaliados em mais de R$ 350.000,00.
Segundo a PF, em dezembro de 2020, uma nova carga pertencente a mesma organização criminosa foi interceptada no Aeroporto de Confins, pela Receita Federal, desta vez, barras de ouro com destino aos EUA.
Em mais uma oportunidade, mediante cooperação policial internacional com agentes da agência americana HSI (Homeland Security Investigations) da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, foi possível apreender com um dos integrantes da organização, ao ingressar nos EUA, cerca de quarenta diamantes brutos.
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