Márcio Pauliki e Xicória, mascote do Grupo MM – Foto: Reprodução/Redes sociais
Em entrevista ao programa Ponto de Vista, apresentado por João Barbiero na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (4), o empresário Márcio Pauliki, novo CEO do Grupo MM, destacou a trajetória de sucesso da empresa que completou, nesta semana, 45 anos desde a fundação de sua primeira loja, na Rua Visconde de Taunay, na esquina da Estação Rodoviária, ao lado do prédio da atual matriz.
Dos 45 anos desde a inauguração da loja, Márcio Pauliki, que hoje tem 50 anos de idade, trabalhou ao longo dos últimos 35 – apesar do período de cinco anos dedicado à vida pública – até chegar ao cargo de CEO. Antes disso, o empresário desempenhava a função de vice-presidente comercial & inovações.
“Meu sonho era ser motorista de caminhão. Fui, por um ano, motorista de caminhão e cheguei a esse cargo justamente porque temos o desafio, nos próximos seis anos, de triplicar o tamanho da empresa e chegar a um faturamento superior a R$ 3 bilhões. Não só porque queremos, mas porque precisamos continuar relevantes no mercado junto aos fornecedores”, frisa.
Depois de se consolidar como a 11ª maior rede de varejo do país, com mais de 200 filiais e presença em quatro estados, a empresa ponta-grossense, que comemorou aniversário na última terça (28), traça planos ainda mais ambiciosos: triplicar sua receita nos próximos cinco anos.
Pauliki conta que tinha seis anos na ocasião da inauguração do “Mercado de Móveis” – depois, Mercadomóveis e, posteriormente, abreviado para simplesmente MM. Naquele final dos anos 1970, o então prefeito Luiz Carlos Zuk ainda construía o que seriam as novas sedes da Prefeitura Municipal (o Paço Municipal David Federmann) e da Câmara Municipal e a região da Ronda era bem diferente do que é hoje. A sede da matriz do MM fica bem no início do Centro, no limite com a Ronda.
O CEO (chief executive officer ou diretor executivo) do Grupo MM relata que saía do colégio e ficava na loja enquanto esperava o pai, Jeroslau Pauliki, encerrar o expediente para poderem ir juntos para casa. Uma das curiosidades reveladas por Pauliki é que um dos primeiros clientes da loja foi, justamente, um homem que teria “errado” a porta da série de bares e casas de entretenimento adulto que avizinhavam o Mercado de Móveis. “Ele errou a porta da ‘zona’. Ele saiu do bar e ia entrar na ‘zona’ e entrou na loja. O cidadão tinha feito o acerto da empresa, estava com dinheiro e acabou comprando praticamente a loja inteira: comprou para ele; para a esposa; para a filha, que estava casando e para uma das ‘primas’”, diz.
Pauliki revela, ainda, que este primeiro cliente, bastante inusitado, ainda é vivo, tem cerca de 94 anos e que o Grupo MM pretendia homenageá-lo, mas as circunstâncias que o levaram até a loja poderiam criar uma saia justa. Mesmo assim, conseguiram com ele a primeira nota promissória que ele pagou. O documento foi emoldurado e está pendurado numa das paredes da loja.
Nessa evolução do Grupo MM, de uma modesta loja de móveis para uma das maiores redes de varejo do país, a família Pauliki tenta evidenciar, há muitos anos, questões como a governança e a técnica, sem deixar de lado a questão humana, a característica de uma empresa familiar e do sentimento de pertencimento, tanto entre colaboradores quanto entre os clientes. Por isso, é tão cultuada no Grupo MM a imagem de seu fundador, Jeroslau Pauliki, que é sempre festejado quando aparece nos encontros de gerentes e em outras circunstâncias em que lança suas “pérolas” que, na verdade, sedimentam missão e valores da empresa.
Um desses valores, segundo Pauliki, é o de priorizar o conceito de “margem”, que é o lucro que sobra para que a empresa quite suas próprias despesas, em detrimento do volume de vendas, que ele considera um afago no ego. Apesar disso, o Grupo MM entrou para o seleto grupo de empresas que superou a marca de R$ 1 bilhão em vendas.
“Temos que focar no que a empresa tem de resultado e não, muitas vezes, no tanto que ela vende. Chegarmos à marca de R$ 1 bilhão [em vendas], que é um número bastante expressivo no varejo regional, é ego. O que vale, o ar que a gente respira, é a margem que sobra para pagar as contas. Isso é o que nos diferencia em relação a tantas outras empresas, que até falseiam números”,…
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