Bom dia, pessoal. Nos mercados asiáticos, o fechamento desta quarta-feira (30) refletiu predominantemente uma tendência de alta. Essa dinâmica seguiu os sinais positivos observados nos mercados globais durante o pregão de ontem. A melhoria do sentimento do consumidor e os dados de vagas de emprego mais fracos do que o previsto contribuíram para aliviar as preocupações em relação às taxas de juros, impulsionando a confiança dos investidores.
Além disso, as medidas de estímulo adotadas pela China também estão exercendo um efeito positivo no ânimo do mercado. Um exemplo disso é o anúncio de Guangzhou, a quinta maior cidade chinesa, que relaxou as restrições aos financiamentos imobiliários.
Por outro lado, a abertura dos mercados europeus demonstra um cenário de queda, enquanto os futuros dos Estados Unidos também apontam para essa direção. O foco da agenda de hoje está na questão da inflação. Esse tema já esteve em destaque desde o início da manhã no Pacífico, com os preços ao consumidor australiano registrando um aumento em julho que ficou notavelmente abaixo das projeções (reforçando a narrativa de desinflação em geral).
Adicionalmente, estão programados os índices de inflação dos preços ao consumidor na Alemanha e na Espanha. No Reino Unido, os investidores estão atentos aos números relacionados aos empréstimos hipotecários. Por fim, nos Estados Unidos, aguarda-se por mais dados referentes ao mercado de trabalho e pela revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre.
A ver…
· 00:55 — Entre vitórias e derrotas
No contexto brasileiro, os investidores têm dado grande atenção aos desdobramentos que ocorrem em Brasília. No dia anterior, foi notável a aprovação do requerimento de urgência para o projeto de lei que estende a desoneração da folha de pagamentos até 2027, abrangendo 17 setores da economia.
Embora considerada uma derrota para a equipe econômica, essa medida resultou em um impacto financeiro superior a R$ 9 bilhões no ano passado, potencialmente acarretando preocupações para Haddad. Ele está em constante busca por novas fontes de receita para o governo federal. Vale ressaltar que, agora, esse projeto não passará por comissões e será submetido à análise no plenário ainda hoje.
Por outro lado, há também razões para otimismo. Enquanto Haddad enfrentou um revés no Congresso, ele obteve ganhos dentro do governo. Surgiu a notícia de que setores mais inclinados à radicalidade dentro da Esplanada dos Ministérios tentaram convencer Lula a considerar a possibilidade de ajustar a meta fiscal, permitindo uma tolerância de até 0,75% do PIB no próximo ano, em vez de manter a meta em zero.
Embora se saiba que a meta de déficit zero é uma aspiração irreal, qualquer alteração, mesmo em um cenário já desafiador, poderia não ser bem recebida. Pelo menos, Lula tomou a posição ao lado de Haddad, optando por manter as coisas inalteradas, pelo menos por enquanto.
· 01:44 — Água no chope
O contrato de petróleo Brent, que é uma referência para a Petrobras, retomou sua trajetória acima da marca de US$ 85 por barril.
De maneira geral, os dados econômicos atuais continuam a revelar uma conjuntura saudável caracterizada pela combinação de desinflação e um crescimento resiliente em nível global.
No entanto, o aumento no preço do petróleo ameaça ressurgir para estragar a festa econômica. As possíveis altas nos preços de energia se destacam como particularmente problemáticas, uma vez que exercem pressão inflacionária.
Isso coloca as autoridades monetárias sob a necessidade de adotar medidas como elevação das taxas de juros, ao mesmo tempo que afetam negativamente o poder de compra dos consumidores.
Considerando a presença de restrições na oferta, incluindo o corte de produção realizado pela Arábia Saudita, é provável que os preços da commodity continuem a subir ou, no mínimo, permaneçam em níveis elevados. No âmbito dos combustíveis, a nova política de preços adotada pela Petrobras visa absorver a volatilidade do mercado externo, porém, essa abordagem não é isenta de custos. Apesar dos recentes reajustes, ainda existe uma defasagem no preço dos derivados do petróleo em relação ao contexto internacional. É fundamental adotar precauções para evitar a repetição dos erros do passado, nos quais o impacto do…
Read More: Rússia, China e Argentina veem fragilidade em suas moedas, com quedas