“Quem imaginaria que estaríamos com o arcabouço fiscal aprovado? Quem imaginaria que a reforma tributária iria sair?”
Foi assim que ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi recebido no XP Expert, um dos maiores eventos do mercado financeiro, segmento que, até antes, nutria desconfiança e ressalvas com o nome do ministro.
Em suas falas, Haddad não deixou de ressaltar a importância do controle de gastos para o crescimento sustentável da economia, algo repetido com ênfase por gestores, economistas e analistas.
“Se eu não tiver fiscal, não adianta a inflação estar baixa, ela vai voltar. É preciso imaginar trajetória sustentável”, colocou.
Para Haddad, o arcabouço fiscal organizou as contas públicas. A questão agora não é se, mas quando elas vão entrar em ordem.
“O compromisso do país precisa ser com o reequilíbrio das contas. Temos que ter o compromisso de virar essa página”, defendeu.
Ainda conforme o ministro, todo o esforço fiscal que o governo fizer será bom, “porque vou sinalizar para o Banco Central que o governo está se esforçando”. “O nosso objetivo é apontar que vamos conseguir entregar”, completa.
A fala conversa com declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Em evento da Warren Rena, ocorrido na última segunda-feira (28), o executivo afirmou que “se houver um esforço [do governo] em uma direção de uma melhora, as pessoas vão entender que não é possível atingir a meta no curto prazo, mas que existe um esforço”.
De acordo com o ministro, apesar de ambicioso, o Orçamento, que promete um superávit primário de R$ 2,8 bilhões, é factível, “mas se todo mundo remar a favor”.
Ainda segundo Haddad, uma das razões que impede a entrada de mais investimentos externos é a questão tributária.
“A reforma tributária é essencial para termos de produtividade”. Ele cita os tributos mais racionais, além da alta inovação, como fatores para o agronegócio ser o mais produtivo do país.
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