Mendel Bydlowski, com redação do ESPN.com.brLeitura: 14 min.
André Fufuca tomou posse como ministro do Esporte na última semana. O político, que expressou o compromisso em impulsionar diversas vertentes do esporte no Brasil, incluindo o olímpico, o paradesporto, modalidades amadoras e o esporte como atividade social e educativa, concedeu entrevista à ESPN e comentou sobre o fato de ter substituído Ana Moser, demitida pelo presidente Lula como “parte da reforma ministerial organizada pelo Governo Federal.”
“A gente recebe qualquer crítica ou elogio de forma natural. Sou formado na sociedade democrática, em que a gente tem que respeitar o ponto de vista de todos. Aqueles que aplaudiram, eu agradeço, aqueles que divergiram, entendo. Aproveito a oportunidade para pedir que eles venham ao ministério para ajudar. O ministério hoje está de portas abertas para todo o Brasil. Aqueles desportistas que acham que a gente terá dificuldades na condução, assim como as confederações, as federações que têm a mesma visão, venham nos ajudar, porque tudo soma, todas as ideias serão bem-vindas. E na construção do projeto que nós temos de democratização do esporte, é necessário escutar todos os personagens”, iniciou ele, que admitiu não ter conversado com a antiga ministra.
A ex-jogadora de vôlei, durante seu mandato, declarou que não considerava esports como uma modalidade esportiva e foi muito criticada por isso. André Fufuca, seu sucessor, tem o discurso bastante diferente: “Para mim, é. Respeito o posicionamento da ministra, respeito o ponto de vista dela em várias áreas, mas nesse ponto vou ter que divergir. Pela quantidade de recursos que movimenta a economia em relação a esports e à quantidade de pessoas que todos os dias fazem uso. Não se pode negar a sua importância para o país. Terá todo o nosso apoio. Inclusive iremos fazer uma diretoria de esports, como já acontece em vários lugares do mundo, onde há departamentos específicos para essa modalidade. Nós temos hoje campeões mundiais dessa prática. Há vários tipos de jogos, que os campeões mundiais são do Brasil. E que ninguém conhece, a não ser aquelas pessoas que fazem parte dessa nova prática. Assim como existem departamentos na Europa e outros países da América do Norte, nós iremos usar dessa estrutura para fomentar, incentivar e acima de tudo, termos uma visão de apoio a uma prática, assim como temos em relação a outras práticas esportivas”, apontou.
Por outro lado, o ministro confirmou algo que era citado por Ana Moser como um grande desejo: o Brasil será mesmo candidato a receber a Copa do Mundo feminina em 2027.
“Um dos objetivos que temos aqui, dado pelo presidente Lula, é criar um projeto junto aos outros ministérios, de trazer a Copa do Mundo feminina. Nós estamos disputando para ser protagonista, para ser sede. Iremos executar um projeto para que o Brasil possa disputar com reais condições e, com a bênção de Deus, lograr êxito. Será ano que vem a escolha do país sede e nós temos estrutura condizente para isso. Nós temos grandes estádios, temos estrutura de grandes cidades, temos tudo o que a Copa do Mundo precisa. Demos exemplo ao mundo quando fizemos a Copa do Mundo masculina e a Copa do Mundo feminina, caso a gente consiga, faremos com grande brilhantismo, como o Brasil já fez no passado.
Entre outros assuntos, André Fufuca também falou sobre a regulamentação das apostas esportivas, detalhou as estratégias para acabar com as manipulações, que, segundo ele, “fere todos os princípios de parcialidade, de correção e transparência”, e muito mais. Confira outras respostas do ministro:
P: O que o senhor pretende fazer e desempenhar no Ministério do Esporte?
André Fufuca: A gente tem um projeto audacioso, até porque estamos falando de um país com dimensões continentais, imagine só você fazer um projeto que vai atingir toda a Europa. O Brasil é muito maior do que isso. Então a gente sabe da dimensão e da dificuldade que será esse projeto. Mas nós temos na ideia democratizar a estrutura de…
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