Enquanto esperam pelo anúncio do FOMC (Comitê Federal do Mercado Aberto, na sigla em inglês), investidores parecem preocupados com a trajetória da inflação nos Estados Unidos após as pressões com o rali recente do preço do petróleo.
As perspectivas do mercado financeiro para o futuros dos juros americanos indicam que o FED pode ter mais trabalho que o antecipado e levar as taxas para patamares mais altos que os atuais. As taxas para os títulos públicos dos EUA com vencimento em 5 e 10 anos acabam de atingir o maior nível desde julho de 2007, alguns meses antes do início crise imobiliária por lá.
Os treasuries, como são conhecidos os papéis emitidos pelo governo americano, com vencimento em 5 anos alcançaram 4,51% a.a. e os com vencimento em 10 anos estão em 4,36%. Para se ter uma ideia, um ano atrás as taxas estavam em 3,75% e 3,55% respectivamente.
O movimento não deve mudar a decisão do FED amanhã sobre a manutenção da taxa básica de juros americana no atual nível de 5,50% a.a., mas deixa espaço para a autoridade monetária adotar um discurso mas contracionista, o que pode impactar também o ritmo de corte da Selic por aqui. Hoje, a curva futura de juros por aqui acompanhou a piora nas expectativas americanas e as taxas intermediárias e longas também registraram ganhos.
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