Instituto que ajuda a reinserir egressos ao mercado de trabalho é ganhador de prêmio
Quando empreendedor social Leonardo Moraes Precioso ouviu o anúncio dos vencedores, viu um sonho mais perto de se tornar realidade: transformar o Instituto Recomeçar em uma política pública (assista ao vídeo acima).
Ao g1, Leonardo contou que não esperava vencer a competição. Porque, segundo ele, o projeto concorreu com outros grandes nomes em potencial. Contudo, estava confiante de que seria um páreo difícil.
“Tivemos a oportunidade de socializar o nosso trabalho para o Brasil, os egressos do cárcere passaram a entender que estamos à disposição para colaborar com a reinserção deles. Já a sociedade, empresários e empresas passaram a entender que estamos comprometido a trabalhar para um país melhor, por meio da geração de oportunidades”, afirma.
O empreendedor atribui o resultado positivo da competição como um fruto do trabalho diário que realizam há oito anos no instituto.
Na visão dele, o prêmio é a oportunidade que precisavam para mostrar ao país que a sociedade pode contribuir para mudar a vida de detentos, assim como mudou a sua própria trajetória.
Leonardo foi preso em 2008, condenado a mais de sete anos de prisão e aprendeu a se reencontrar dentro da penitenciária. À época, a experiência longe do crime o fez ter a ideia de dar outra chance de vida para os egressos.
“Parei de traficar drogas e fui ‘traficar’ informação, esperança, mostrar que é possível, mostrar para o jovem, para não acontecer a mesma coisa que aconteceu na minha vida. Fui ser espelho de vida, de sobrevivência“, diz.
Em 2020, Leonardo formalizou o projeto próprio e voltou ao pátio de uma penitenciária, mas como palestrante.
Oito anos após sair da prisão, empreendedor social ocupa a posição de diretor-executivo. Ele leva o desenvolvimento pessoal, social e profissional para diversas regiões de São Paulo, além de Brasília e Recife.
Desde a fundação, o Instituto Recomeçar atendeu aproximadamente seis mil pessoas. Somente em Rio Preto, foram mais de 600.
Conforme Leonardo, o noroeste paulista tem um grande complexo penitenciário, com média de 10 mil egressos.
“Temos vários casos de sucesso, um exemplo sou eu. Queremos ser o braço amigo do público que um dia esteve em conflito com a Justiça, mas que hoje retomou, se reposicionou e precisa sobreviver em sociedade”, diz.
Após anos à frente das ações, Leonardo acredita que o Instituto Recomeçar possa ser o modelo de ressocialização no noroeste paulista, considerado um grande polo industrial e agrícola em todo estado.
“Considerando que, em média, Rio Preto tenha 400 mil habitantes, pelo menos 7% deles são pessoas egressas do sistema carcerário. É muita gente que podemos ajudar”, confirma.
Atualmente, o Instituto Recomeçar possui 31 colaboradores remunerados, entre todas as cidades em que possui sede. Segundo o empreendedor, o projeto investe mais de R$ 1 milhão em profissionais para tratar de…
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