O Ibovespa fechou a sessão de hoje em leve queda de 0,07%, aos 115.924,61 pontos, após oscilar entre mínima de 115.573,35 e máxima de 116.030,83. O volume financeiro do dia foi de R$ 17,1 bilhões.
A aversão ao risco que dominou os mercados globais na última semana continuou a influenciar as bolsas hoje. Além dos investidores ainda estarem digerindo o tom mais hawkish adotado pelo Federal Reserve, as dúvidas vindas da China também colaboram para o mau humor. Isso porque há sinais mais fortes acerca da crise imobiliária por lá, com calotes de gigantes como Evergrande Group, o que instaura um clima de cautela e fortalece a queda das commodities, em especial o minério de ferro.
Nos Estados Unidos, os rendimentos dos treasuries operaram em alta mais uma vez, com os principais índices oscilando entre perdas e ganhos durante a sessão. Ao final do dia, o desempenho foi positivo, com Dow Jones e S&P500 encerrando uma sequência de quatro quedas consecutivas.
- Dow Jones: +0,13% a 34.007,21 pontos
- S&P500: +0,40% a 4.337,52 pontos
- Nasdaq: +0,45% a 13.271,32 pontos
O dólar à vista fechou em alta de 0,68%, a R$ 4,9662, após oscilar entre R$ 4,9379 e R$ 4,9750.
“O Ibovespa ainda reflete um cenário mais negativo para as bolsas mundo afora, que estão sendo impactadas pelo Fed indicando juros altos por mais tempo, além da possibilidade de uma nova elevação esse ano. Essa preocupação do mercado em relação aos juros lá fora derruba bolsas em todo o mundo, inclusive no Brasil. O mercado também não está animado com a China, o que reflete principalmente em empresas de siderurgia”, analisa Leandro Petrokas, sócio da Quantzed.
A Vale (VALE3) encerrou a sessão de hoje com queda de 2,32% a R$ 66,42, em linha com o recuo do minério de ferro, que repercute os temores vindos da China. Por outro lado, apesar da queda do petróleo, a Petrobras fechou em alta: Petrobras ON (PETR3), +0,51% a R$ 37,33; Petrobras PN (PETR4), +0,53% a R$ 34,21.
Em relação aos bancos, o desempenho foi misto: Bradesco (BBDC4), -0,21% a R$ 14,12; Banco do Brasil (BBAS3), -0,73% a R$ 46,35; Itaú (ITUB4), +0,22% a R$ 26,98; Santander (SANB11), +0,27% a R$ 26,15.
A maior alta do Ibovespa hoje foi de CVC (CVCB3), +5,75% a R$ 2,39, após a Absolute Gestão aumentar sua participação na companhia para 5% do capital social. Logo atrás veio a Weg (WEGE3), +4,60% a R$ 36,13, após a companhia anunciar a aquisição do negócio de motores elétricos da Regal Rexnord, o que pode ampliar o mercado da empresa na Ásia. Irb (IRBR3), +2,355 a R$ 41,44, fechou o pódio.
“O mercado recebeu bem a notícia da Weg. Além disso, cabe destacar que parte da receita da empresa é obtida por meio de exportações. Portanto, com a alta do dólar hoje, ela acaba sendo favorecida”, afirma Petrokas.
Na ponta negativa, Casas Bahia amargou queda de 11,76% a R$ 0,60. Magazine Luiza (MGLU3), -4,02% a R$ 2,15 e Gol (GOLL4), -3,58% a R$ 6,20, completaram a lista dos três piores desempenhos.
“Casas Bahia e Magalu são empresas nas quais faltam compradores convictos. São companhias que estão com dificuldade de entregar resultados. Nos últimos trimestres, apresentaram prejuízo e são empresas que o mercado não enxerga com tanta confiança. Além disso, são ativos sensíveis às variações das taxas de juros, que hoje subiram ao longo de toda a curva. Gol também sofre com os juros, mas também com o petróleo voltando a ficar acima dos 90 dólares e a recente recomendação de venda feita pelo JP Morgan”, completa Petrokas.
Cotações de Ações
Cotações extraídas em 25/09/2023 às 17:32
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
*Cotações extraídas em 25/09/2023 às 17:32
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