Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista fechou a segunda-feira em queda no Brasil, depois de ter oscilado em margens bastante estreitas durante a sessão, com investidores repercutindo o noticiário externo e em meio a uma visão ainda favorável ao real, que vem segurando as cotações.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7662 reais na venda, com baixa de 0,24%.
Na B3 (BVMF:B3SA3), às 17:08 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,49%, a 4,7710 reais.
Pela manhã, a moeda norte-americana ensaiou uma alta ante o real, com as cotações repercutindo a turbulência na Rússia. Na sexta-feira, o país acusou o chefe mercenário Yevgeny Prigozhin, do grupo Wagner, de convocar um motim armado. Ainda no fim de semana, o motim foi aparentemente debelado, mas o evento ainda influenciava os negócios na manhã desta segunda-feira.
A S&P cortou a previsão de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2023, de 5,5% para 5,2%, ressaltando a natureza desigual da recuperação pós-reabertura do país.
A ação da S&P elevou os temores quanto à recuperação da economia do gigante asiático, o que em alguns momentos pressionou moedas de países exportadores de commodities, como o real brasileiro.
Com a moeda norte-americana sem força também no exterior, o dólar à vista migrou para o terreno negativo no Brasil ainda pela manhã, em meio à visão otimista sobre a economia brasileira, trazida por uma perspectiva fiscal positiva e pelo maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), entre outros fatores.
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