O Ibovespa fechou a sessão de hoje (27) em alta de 0,12%, aos 114.327,05 pontos, após oscilar entre mínima de 113.365,75 e máxima de 115.340,41. O volume financeiro foi de R$ 22,6 bilhões.
O índice abriu a sessão no positivo, em movimento de ajuste após a forte queda da véspera. No entanto, não demorou para que o mau-humor vindo dos Estados Unidos derrubasse o Ibovespa, com a curva de juros futuros no Brasil renovando máximas ao longo da tarde. Já nos leilões de fechamento, quando tudo se encaminhava para mais uma baixa, o índice retomou o viés positivo e fechou no verde.
Em Nova York, o dia também foi de volatilidade, com o clima negativo imperando sobretudo no momento de maior disparada do petróleo, que reagiu à notícia de que os estoques da commodity nos Estados Unidos recuaram muito mais que o esperado na semana passada. Ao final da sessão, contudo, o desempenho dos índices foi misto.
- Dow Jones: -0,20% a 33.550,80 pontos
- S&P500: +0,03% a 4.274,62 pontos
- Nasdaq: +0,22% a 13.092,85 pontos
O dólar à vista retomou o patamar dos R$ 5, fechando em forte alta de 1,22%, a R$ 5,0478, após oscilar entre R$ 4,9888 e R$ 5,0795.
“O Ibovespa virou para o negativo com o mau-humor do mercado americano, em linha com o pequeno risco de shutdown nos Estados Unidos, que seria o congelamento das despesas. Além disso, os treasuries sobem novamente, ainda com o temor de juros mais altos por mais tempo, o que faz com que os DIs também avancem. O dólar voltou a ultrapassar os R$ 5 pela primeira vez desde junho, com o movimento de aversão ao risco e os investidores se protegendo via moeda americana”, analisa Dierson Richetti, sócio da GT Capital.
A alta de mais de 2% no petróleo Brent e mais de 3% no petróleo WTI impulsionou a Petrobras, que teve avanço de 3,71% a R$ 37,70 no seu papel ordinário (PETR3) e 3,17% a R$ 34,52 no seu papel preferencial (PETR4). As ações ocuparam, respectivamente, o terceiro e o quarto lugar entre as maiores altas do índice.
A vice-liderança do Ibov ficou com outra petroleira: Petrorecôncavo (RECV3), com +4,61% a R$ 20,18. Já a maior alta foi de Gol (GOLL4), +7,19% a R$ 6,56. A empresa anunciou hoje que concluiu um refinanciamento de R$ 1 bilhão em debêntures de sua unidade operacional Gol Linhas Aéreas SA.
O minério de ferro fechou em alta na China pela primeira vez na semana, o que não impediu o recuo da Vale (VALE3), com -0,24% a R$ 65,40. Entre as pares, avanços para Gerdau (GGBR4), +0,08% a R$ 24,45 e Usiminas (USIM5), +0,77% a R$ 6,52. Já a CSN (CSNA3) teve queda de 0,58% a R$ 11,93.
Entre os bancos, o desempenho foi majoritariamente negativo: Itaú (ITUB4), -0,19% a R$ 26,55; Bradesco (BBDC4), -0,29% a R$ 13,92 e Santander (SANB11), -1,12% a R$ 25,57. A exceção ficou por conta do Banco do Brasil (BBAS3), com +0,87% a R$ 46,16.
O principal destaque de baixa mais uma vez foi Casas Bahia (BHIA3), -5% a R$ 0,57. Pão de Açúcar (PCAR3), -2,99% a R$ 3,25 e Copel (CPLE6), -2,90% a R$ 8,72, fecharam o top-3 negativo.
“Os segmentos de varejo e de consumo continuam sofrendo com a alta dos juros futuros, o que prejudica as empresas como Casas Bahia e Pão de Açúcar. Casas Bahia está com um alto endividamento e com a taxa muito alta de juros, acaba não performando e perdendo a credibilidade do mercado. O varejo como um todo é um segmento muito amassado e que vai continuar sofrendo por um bom tempo, na minha visão”, completa Richetti.
Cotações de Ações
Cotações extraídas em 27/09/2023 às 17:39
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
*Cotações extraídas em 27/09/2023 às 17:39
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