Publicado em
3 de out. de 2023
A coleção mais recente da Chanel se concentrou em uma moda francesa fresca e chic, nos dias amenos da Provence, nos almoços lânguidos em bares de praia e nas compras em St Tropez.
O fio condutor foi a famosa Villa de Noailles em Hyères, uma obra de arquitetura modernista que é um lugar emblemático para os fashionistas. Artistas, cineastas e escritores estivera, ali na década de 1920, uma época em que o esporte se tornou moda entre o grande público e os intelectuais.
O resultado foi uma coleção perfeita para o verão, cheia de vigor e alegria de viver. Fácil de entender e usar e, mais uma vez, rejuvenescendo o mercado-alvo da Chanel em alguns anos.
O convite preparou o terreno. A modelo holandesa Riane Van Rompaey, fotografada por Ines & Vinoodh, posou vestindo um maiô em frente a uma das janelas recortadas da Villa, com vista para o Mediterrâneo.
A mesma vista, mas colorida, foi o pano de fundo do desfile, mesclado com flores e pétalas infladas do tamanho de bangalôs, realizado no interior do Grand Palais Ephemère.
As modelos apareceram na passarela preta com elegantes vestidos e blusas hippie plissadas, combinados com blazers xadrez. E kaftans bouclé super leves, fáceis de colocar e tirar. Culottes e shorts engenhosos combinados com tops bordados com cristaisl]; ou camisetas de canoísta, com duplo logotipo CC.
A diretora criativa da Chanel, Virginie Viard, ainda apresentou jeans desgastados e túnicas nunca antes vistos na Chanel, usados com cintos perolados. Destaque para as saias bouclé irregulares, com um lado cinco centímetros mais baixo que o outro.
Praticamente todas as modelos usaram sapatos baixos: tênis com diamantes, chinelos com logotipos ou sapatos incrustados de pérolas e laços pretos. Exceto para a noite, quando Viard abraçou a tendência semitransparente com um quinteto de lindos vestidos de chiffon preto, combinados com botas de salto azul marinho. O comprimento variava do meio da coxa até logo acima do joelho.
Antes de ficar psicodélico com flores fantasiosas em terninhos, blazers e saias plissadas. Uma homenagem à natureza descontraída da Villa de Noailles nos seus dias de glória. Quando Jean Cocteau, Salvador Dalí, Piet Mondrian e Giacometti frequentavam o lugar para se divertir.
“O que gosto na Villa é que não é um grande monumento, mas sim um local íntimo, onde se percebe uma certa magia”, explicou Virginie Viard, num backstage que contou com Penélope Cruz, Usher, Nicky e Paris Hilton, que elogiaram a designer, que tem um dos egos mais agradavelmente discretos em uma profissão conhecida por ser levada por ele. Viard recebeu aplausos por uma coleção especial apresentada no último dia da Semana da Moda de Paris.
Pouco se sabe sobre a relação entre Coco Chanel e Marie Laure de Noailles, embora haja uma fotografia de ambas com um grupo de intelectuais em uma noite black-tie, na qual Coco aparece radiante com uma pequena cartola.
Hoje, a cidade é centro de arte contemporânea e sede do famoso Festival Hyères, cujo prêmio para jovens designers é o mais cobiçado da moda europeia. Um de seus maiores patrocinadores é a Chanel.
“Acima de tudo, queria nesta coleção um sentido de diversão e descontração, indo da praia ao café, curtindo a vida”, entusiasmou-se Viard, que caminhou com calça bouclé preta antracite e uma camiseta preta onde se lia, ironicamente, “Glamour frenético”.
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