O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (05) em queda de 0,28%, aos 113.284,08 pontos, após oscilar entre mínima de 112.704,87 e máxima de 114.359,33. O volume financeiro do dia foi de R$ 16,9 bilhões.
O Ibovespa hoje rondou os menores níveis desde o início de junho. Assim, acumula agora perda de 2,81%, o equivalente a cerca de 3,2 mil pontos em relação ao nível em que estava no fim da semana passada, aos 116,5 mil pontos.
O índice iniciou a sessão em alta, mas não demorou para o tom de cautela tomar conta do mercado. A curva de juros, que mostrou algum alívio pela manhã, voltou ao campo positivo, limitando os ganhos e ajudando a instaurar o clima de aversão ao risco.
Nos Estados Unidos, os investidores seguem em compasso de espera para o Payroll desta sexta-feira, principal dado da semana e métrica de emprego adotada pelo Federal Reserve. Hoje, também pesou no desempenho dos índices o número de pedidos de seguro-desemprego, que vieram abaixo do consenso, indicando um mercado de trabalho ainda aquecido.
Com isso, os principais índices de Nova York encerraram o dia no negativo:
- Dow Jones: -0,03% a 33.119,73 pontos
- S&P500: -0,13% a 4.258,20 pontos
- Nasdaq: -0,12% a 13.219,83 pontos
O dólar à vista fechou em alta de 0,31%, a R$ 5,1692, após oscilar entre R$ 5,1508 e R$ 5,1882.
“Mercado em compasso de espera pelo Payroll amanhã. Na incerteza, o investidor opta pela venda. Além disso, algumas falas mais hawkish de membros do Federal Reserve durante a semana também pesam no mercado. A alta do dólar também é reflexo de uma maior aversão ao risco, e como o Brasil ainda carrega algumas incertezas fiscais, o real se desvaloriza”, analisa Apolo Duarte, sócio da AVG Capital.
Os bancos estiveram entre os destaques do índice. Os papéis repercutem o fato de as mudanças nas regras dos juros sobre capital próprio (JCP) não terem sido pautadas no relatório do PL das offshores, além de recomendações positivas do Itaú BBA para as empresas do setor: Itaú (ITUB4), +1,87% a R$ 27,72; Bradesco (BBDC4), +0,49% a R$ 14,45; Banco do Brasil (BBAS3), +0,24% a R$ 46,91; além de Santander (SANB11), que teve a segunda maior alta do índice, com +2,46% a R$ 26,70.
O terceiro maior avanço do Ibovespa foi de Petz (PETZ3), +2,09% a R$ 4,39, apesar da leve alta nos juros. O principal ganho da sessão de hoje foi de CVC (CVCB3), +3,11% a R$ 2,65. O papel já havia se destacado na véspera, após o Goldman Sachs aumentar a sua participação na companhia, e hoje seguiu a trajetória de alta.
Ibovespa: queda do petróleo, juros altos e EUA
O petróleo teve quedas na casa de 2% hoje, mas não impediu o avanço dos papéis preferenciais da Petrobras (PETR4), que fecharam com alta de 0,34% a R$ 32,73. Já os papéis ordinários (PETR3) recuaram 0,11%. A Vale (VALE3), por sua vez, avançou 0,32% a R$ 66,08.
“Dólar em alta e Bolsa em queda desde os futuros, pela manhã. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego, nos Estados Unidos, vieram um pouco abaixo do que se esperava para a semana, mostrando que a economia americana segue muito aquecida, corroborando o cenário de juros altos por mais tempo, até que se tenha controle da inflação”, diz Stefany Oliveira, head de análise de trade da Toro Investimentos.
“A inflação americana permanece acima da meta, e a atividade econômica tem se mostrado resiliente. É bem mais difícil trazê-la de 4% para 2% meta do Federal Reserve do que de 8% para 4% ao ano. A tarefa do Fed se mostra agora, no ponto em que se encontra, mais desafiadora”, diz Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group, referindo-se ao recente movimento dos juros americanos, com a ponta longa da curva especialmente pressionada em contexto ainda marcado por política fiscal expansionista nos Estados Unidos, que afeta diretamente as expectativas do mercado para a inflação.
Miraglia observa também, na ponta longa da curva de juros em todo o mundo, o efeito sobre as expectativas de inflação derivado do forte avanço do petróleo em relação ao início de setembro, passando da casa de US$ 80 para a de US$ 90 por barril – ora em correção, com o Brent de volta aos US$ 84 e o WTI aos US$ 82 por barril nesta quinta-feira, em meio a preocupações, no mercado da commodity, de que a escalada de juros global deteriore a demanda por petróleo.
“A recuperação de preços do petróleo tem sido observada desde julho, em tendência de alta a partir de então, uma melhora que ganhou peso com o corte de…
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