Keko Munhoz, da Arruda & Munhoz e delegado sub-regional do Creci-RS, nega que haja um aumento expressivo no preço dos imóveis em Lajeado e região pós-enchente de 4 de setembro. “Eu desconheço, na imobiliária que eu trabalho e pelos colegas que eu tenho, que houve um aumento”, disse ele, em entrevista ao Troca de Ideias desta quinta-feira (5).
“Se houver um aumento, esse imóvel não vai conseguir ser alugado”, afirma o corretor e empresário do ramo. “Eu desconheço essa informação de que houve um aumento extraordinário nos imóveis locados porque, se o locador colocar fora do que o mercado aceita, ele não consegue locar”, afirma.
“Eu desconheço que houve uma correria. Não subiu em relação à enchente”, pontua.
Por outro lado, Munhoz conjectura que a impressão de aumento, relatada por muitas pessoas nesta condição, deve-se ao fato de que elas moravam em casas, e a oferta para locação em Lajeado é maior para apartamentos. “Não tem tanta oferta de casa em Lajeado, Estrela e Cruzeiro, e o valor do locatício muda do que seria de um imóvel em área alagadiça”, observa.
“Afetou de certa forma o mercado das locações. Tivemos uma área considerável de Lajeado que foi afetada pela enchente. Essas pessoas, obrigatoriamente, por necessidade, procuraram um imóvel fora de áreas alagadiças. A lei da oferta e da procura: tem um numero X de imóveis. Nós não conseguimos criar um imóvel em 30 dias”, reconhece.
“Qualquer definição muito rápida é temerária, acho que com o andar da carruagem vão se acomodar esses fatos”, acredita.
Texto: Tiago Silva
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