O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira 20 que a atividade econômica no terceiro trimestre preocupa e reforça a necessidade, por parte do Banco Central, de controlar os juros, para não haver impacto no crescimento do País.
Segundo ele, a pasta tem mantido diálogo constante com o BC sobre o assunto.
“Estamos preocupados com o nível de atividade, sobretudo no terceiro trimestre, sabendo que a inflação está convergindo para a meta no tempo, como no mundo inteiro”, declarou o petista, em entrevista a jornalistas. “Venho falando deste o primeiro trimestre. Eu já dizia naquela época: nós estamos com desaceleração forte [no PIB].”
Ainda assim, o ministro mantém a expectativa de que o Brasil crescerá cerca de 3% em 2023.
Haddad também elogiou os diretores do Banco Central que defenderam um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros em agosto, a primeira de duas reduções aplicadas pelo Comitê de Política Monetária da instituição.
“As pessoas que à época criticaram o BC pelo corte de meio (ponto percentual) hoje têm que rever sua posição, porque, de fato, o meio ali era o último momento que nós tínhamos para começar o ciclo de cortes”, disse o ministro. “Temos que ter cautela e tomar as melhores decisões para conciliar esses fatores, em busca de bons resultados de crescimento e de inflação.”
Questionado sobre a tramitação da reforma tributária no Senado, Haddad afirmou aguardar o texto do relator, Eduardo Braga (MDB-AM), e declarou que deseja analisar o impacto para cada exceção proposta.
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