A temporada de resultados para os grandes bancos começa na próxima quarta-feira (25) com a divulgação dos números do Santander Brasil (SANB11) antes da abertura dos mercados.
Ela deve ser marcada por crescimento na concessão de empréstimos e na carteira de crédito das instituições financeiras, depois de um primeiro semestre enxuto. “A qualidade do crédito começará a melhorar em linhas individuais, apesar da persistência deterioração nas empresas”, preveem os analistas do Itaú BBA.
O Goldman Sachs também vê tendências positivas para os bancos brasileiros no terceiro trimestre, ainda que a diferença de rentabilidade entre as instituições permaneça no período. Nesse sentido, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (ITUB4) estão mais bem posicionados para expandir suas carteiras de crédito. O primeiro, tem maior exposição ao cliente de alta renda. O segundo, ao crédito rural. Ambos, na avaliação do Goldman, têm uma melhor qualidade de ativos.
Porém, o banco acredita que os investidores vão direcionar a atenção a vetores de crescimento de receita em vez de preocupação com qualidade de ativos. Isso ocorre porque o custo de risco a inadimplência parecem ter alcançado o pico. O Goldman Sachs espera retorno sobre capital (ROE) acima de 21% para Banco do Brasil e Itaú e abaixo de 12% para Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil.
Para o Bradesco BBI, por sua vez, o foco principal será confirmar se a qualidade dos ativos se estabilizou, assim como monitorar o desempenho dos indicadores iniciais de inadimplência (NPL). “Na nossa opinião, os bancos deverão ter um trimestre sólido, com expansão do rendimento líquido de juros (NII) sequencialmente, com despesas de provisões globalmente estáveis, uma vez que os NPLs deverão permanecer sob controle. Além disso, as taxas de serviços deverão apresentar uma ligeira expansão, devido a melhores atividades nos mercados de capitais, maiores atividades de cartões e melhores receitas de seguros. Por fim, esperamos aumento nas despesas operacionais, refletindo reajustes salariais”, avalia.
Confira o que esperar para cada banco:
Santander (SANB11): resultado em 25 de outubro, antes da abertura
Depois de sucessivos trimestres de pressão sobre lucro e rentabilidade, o Santander Brasil tem a chance de apresentar melhoras mais consistentes, ainda que de forma gradual, desses indicadores. Essa é a avaliação da Genial Investimentos sobre os resultados do banco no terceiro trimestre de 2023.
Os analistas da casam projetam crescimento de lucro, em bases trimestrais, da ordem de 25%. “Estimamos um lucro líquido de R$ 2,9 bilhões, uma melhora de 25,4% na comparação trimestral, mas ainda não sendo suficiente para gerar um crescimento anual, com queda de 7,3% nessa base de comparação”, escreveu a equipe de análise do setor financeiro.
O resultado deve ser impulsionado por uma melhor margem com o mercado, despesas em níveis mais controlados, mas, principalmente por uma redução nas provisões para perdas de crédito (PDD) – reflexo da melhor performance das novas safras de empréstimos.
Ainda que preveja uma melhora no retorno sobre capital (ROE), dos 10,9% do segundo trimestre para 13,5% no terceiro, a Genial observa que o indicador segue bem abaixo de outros pares, como Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3), que possuem retorno na casa de 20%. O ROE do Santander também seguiria abaixo dos 15,2% reportado um ano antes.
Para a carteira de crédito, os analistas esperam crescimento trimestral de 2,1% e anual de 5,3%, “ainda em um ritmo tímido, devido a maior seletividade e pelo cenário macroeconômico ainda conturbado, refletindo em um elevado nível de endividamento e comprometimento de renda das famílias”.
O leve crescimento, por sua vez, deve refletir uma expansão mais forte de empréstimos consignados, crédito rural, imobiliário, pequenas e médias empresas e a retomada de testes da carteira de cartões.
“Ademais, as novas safras estão performando melhor em inadimplência que as safras antigas, o que, em nossa visão, pode elevar o apetite de risco da companhia mais à frente”, diz a análise da Genial.
Em relação a receitas com juros, a margem com clientes ainda tende a sofrer com a pressão de volumes fracos e custos de funding elevados, com a Selic ainda alta. A margem com o mercado, por sua vez,…
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