O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (30) em queda de 0,68%, aos 112.531,52 pontos, após oscilar entre mínima de 112.308,50 e máxima de 114.204,07. O volume financeiro do dia foi de R$ 18,3 bilhões.
O índice da B3 por aqui operou na contramão do exterior, com preocupações fiscais impulsionando a curva de juros futuros e empurrando o Ibovespa para o campo negativo. Após o presidente Lula afirmar que o governo dificilmente alcançará a meta de déficit zero, hoje foi a vez de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se esquivar de perguntas mais diretas sobre a situação fiscal, durante evento no qual anunciou dois novos indicados para a diretoria do Banco Central. Com isso, o clima de aversão ao risco passou a imperar no mercado doméstico.
Nos Estados Unidos, o cenário foi quase o oposto. Os principais índices acionários por lá operaram com amplos ganhos durante toda a sessão, ainda que os treasury yields tenham avançado, de olho na decisão de política monetária marcada para a próxima quarta-feira.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: +1,58% a 32.928,37 pontos
- S&P500: +1,20% a 4.166,78 pontos
- Nasdaq: +1,16% a 12.789,48 pontos
Dado o cenário de aversão ao risco, o dólar à vista fechou em alta de 0,67%, a R$ 5,0469, após oscilar entre R$ 4,9730 e R$ 5.0597.
“O Ibovespa hoje caiu, dólar e juros subiram com investidores de olho no fiscal. Hoje, Haddad falou que deve manter o compromisso de manutenção da meta fiscal, mas evitou dar respostas diretas. Acabou fugindo de perguntas e não convenceu o mercado. Tivemos também o Boletim Focus projetando uma Selic mais alta para 2024, o que era inesperado até pouco tempo atrás. Então isso também indica que as decisões de juros desta semana não estão precificadas, tudo está bem incerto”, afirma o analista CNPI Rodrigo Cohen.
O petróleo operou em queda substancial nesta segunda-feira, impactando negativamente os papéis da Petrobras, que também estiveram nas manchetes pelo fato do STF ter pautado uma ação trabalhista com impacto de pelo menos R$ 47 bilhões para a companhia. Petrobras ON (PETR3) caiu 0,81% a R$ 38,17, e Petrobras PN (PETR4) recuou 1,02% a R$ 35,08.
Por outro lado, o minério de ferro atingiu máxima de sete meses na China, impulsionando empresas ligadas à commodity. Destaque para a Vale (VALE3), que fechou com +0,90% a R$ 68,18. Gerdau (GGBR4), +0,18% a R$ 21,88 e CSN (CSNA3), +1,14% a R$ 11,50, foram na mesma linha.
Usiminas (USIM5), por sua vez, liderou os ganhos do Ibovespa com +4,49% a R$ 6,51, com investidores ainda repercutindo o balanço melhor do que o esperado da companhia. CSN Mineração (CMIN3) teve o terceiro melhor desempenho do índice, com +2,42% a R$ 5,07.
A segunda colocação ficou com CCR (CCRO3), +2,54% a R$ 12,11, após o JP Morgan elevar a recomendação e o preço-alvo para o papel.
Entre os bancos, o desempenho foi todo negativo. A maior queda foi de Santander (SANB11), -1,29% a R$ 26,71, seguido por Bradesco (BBDC4), -1,11% a R$ 14,19; Itaú (ITUB4), -0,81% a R$ 38,17 e Banco do Brasil (BBAS3), -0,70% a R$ 48,46.
As maiores quedas foram de empresas impactadas negativamente pela alta dos juros: Casas Bahia (BHIA3), -6,25% a R$ 0,45 e Magazine Luiza (MGLU3), -6,16% a R$ 1,37. Braskem (BRKM5) fechou a lista dos piores desempenhos com -5,47% a R$ 16,58 após divulgar seus dados operacionais do terceiro trimestre.
Cotações de Ações
Cotações extraídas em 30/10/2023 às 17:43
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
*Cotações extraídas em 30/10/2023 às 17:43
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