Dentro do universo de renda fixa, o investidor tem as opções dos títulos de emissão bancária, que são basicamente os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA). Mas, nas plataformas de investimento, é comum o cliente ficar confuso com a profusão de ofertas para cada um desses títulos.
Leia também
É melhor investir numa letra isenta de Imposto de Renda que paga menos ou apostar num crédito mais gordo mas que terá incidência do tributo na hora do resgate?
Antes de responder à questão, é importante ter em mente que o Banco Central (BC) está em pleno ciclo de corte de juros. Porém, com a Selic a 12,25% ao ano, o cenário ainda continua bastante atrativo para a renda fixa. Boa parte do mercado aposta em taxas terminais acima dos dois dígitos até o final de 2024.
Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.
Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!
“Eu vejo com bons olhos a renda fixa. Temos taxas atrativas dentro das condições econômicas e fiscais do Brasil, muito condizentes com o momento”, diz Waldemar Santana, head de Distribuição de Produtos da Guide.
Na renda fixa, os títulos bancários aparecem com benefícios agregados para a pessoa física. Pagam, na média, mais do que os títulos públicos e têm menos exposição ao risco em relação ao crédito privado (debêntures), mercado que foi abalado este ano pelos eventos de Americanas (AMER3) e Light (LIGT3). Para a pessoa física, os investimentos de até R$ 250 mil ainda são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Sabendo que a rentabilidade é atrativa e o risco, administrável, o investidor terá à frente de sua tela uma enorme quantidade de ofertas para escolher entre CDBs, LCIs e LCAs. São dezenas de bancos tentando atrair o dono da grana com taxas robustas.
Tabela de IR, o primeiro balizador
Para escolher a melhor rentabilidade, o primeiro balizador fica com o prazo em que se pretende levar o título, pois o CDB possui tabela regressiva de Imposto de Renda.
Na primeira janela de tempo, o investidor vai pagar a alíquota mais alta de 22,5% sobre o rendimento, caso faça o resgate em até 180 dias. De 181 a 360 dias, a mordida do Leão cai para 22%, de 361 a 720 dias o imposto chega a 17,5% e depois disso, 15%, a menor alíquota.
O prazo interfere na conta da rentabilidade. “Quanto mais tempo investindo naquele CDB, menor o imposto e essa é uma vantagem”, diz Andressa Bergamo, fundadora da AVG Capital. “As LCIs e LCAs costumam ter rentabilidade melhor nos primeiros dois anos de investimento”, completa Josiane Righi, especialista em Investimentos do Ailos.
Mas como fazer para tirar as próprias conclusões e saber realmente quem está pagando melhor? Neste caso, é importante entender a taxa líquida do CDB ou o quanto de retorno o investidor vai ter depois de pagar o IR.
A fórmula
Para alegria do investidor, a head de Investimentos Internacionais da Nomos, Bruna Allemann, costuma compartilhar com seus clientes uma fórmula simples para fazer isso na calculadora: (1-(alíquota do IR / 100) = resultado.
O produto deste cálculo vai mostrar o desconto do imposto sobre o rendimento do CDB. No caso de um resgate de até 180 dias, o investidor deve digitar (1-(22,5/100)=. O resultado dessa operação será 0,775. Este valor deverá ser multiplicado pelo porcentual do CDI do título avaliado e o resultado será o seu rendimento líquido, que poderá ser comparado com o rendimento do LCI ou da LCA isentos de IR.
Um exemplo na prática. Na última sexta-feira (3), era possível acessar um CDB de um banco médio nas plataformas de investimentos pagando gordos 126% do CDI, com vencimento em novembro de 2029. Era possível encontrar também uma LCA de outra instituição financeira média pagando 98,1% do CDI, aplicação isenta de IR, com…
Read More: CDB, LCI ou LCA? – Educação Financeira – Estadão E-Investidor – As principais