22 de junho, de 2023 | 10:10
O Forex além do trading
O mercado financeiro é tão diversificado que a tradicional distinção entre investidores (que operam tendo em mente o longo prazo) e traders (que operam tendo em mente o curto prazo) é por vezes bastante limitadora. Isso porque tanto numa abordagem quanto na outra há diferentes estratégias que podem ser seguidas e diferentes ativos financeiros com os quais essas estratégias podem ser postas em prática.
O melhor dos mundos para os traders
No mercado financeiro há ativos disponíveis para todos os gostos e perfis. Desse modo, alguns traders têm como objetivo lidar sobretudo com ações. Outros, por sua vez, têm como foco as criptomoedas, e há ainda os que prefiram negociar Forex (câmbio), cujo mercado é o maior de todos. O Forex lida com as variações de preço de uma moeda em relação a outra, e estima-se que o seu volume de negociação diário chegue a 6,6 trilhões de dólares. Esse valor se torna possível, entre outras coisas, pelo fato de o mercado Forex funcionar 24 horas por dia, cinco dias por semana.
Para os traders, o Forex é uma opção das mais interessantes justamente por se tratar de um mercado de alta liquidez. Em outras palavras, nele tende a ser bastante fácil comprar ou vender de forma rápida às vezes até de forma imediata. Isso nem sempre ocorre com as ações, já que para algumas pode ser difícil encontrar um comprador no exato momento em que se queira realizar a venda (ou o contrário).
Por tudo isso, o Forex é tido como o mercado de especulação por excelência. Se nas negociações de ações encontramos tanto investidores quanto traders, nas negociações de moedas é raro encontrar alguém que não esteja ali para obter bons resultados num horizonte de tempo mais curto. Esses operadores estão cientes de que há vários fatores que podem afetar o valor de uma moeda a qualquer momento.
Pensando em termos de valor
Mas, quando pensamos em formas de operar com moedas, há algumas questões a levar em conta. Uma delas diz respeito a um conceito conhecido como reserva de valor. Isto é, o acúmulo de determinado ativo que, por seu alto prestígio perante os mais importantes atores da economia global, tem maior probabilidade de manter o poder de compra de um investidor mesmo em contextos de crise.
Quando pensamos em reserva de valor, o mais comum é que nos venha à mente o ouro. Contudo, outro ativo que se presta a tal propósito é o dólar. E por que o dólar? Simples: porque é ele a principal moeda de reserva de diversos países. A confiança no dólar é tamanha que, no último trimestre de 2020, estimava-se que ele correspondia a cerca de 60% das reservas mundiais de moedas estrangeiras.
As possibilidades se expandem
E que diferença isso pode fazer no mercado de câmbio? A diferença é que, a partir do momento em que não há a necessidade de realizar uma compra ou venda de forma rápida, tampouco é preciso se restringir aos pares de maior liquidez (como o dólar/libra). Caso um investidor ou trader seja profundo conhecedor de uma economia menos forte, ele pode comprar dólar atrelado a outra moeda pensando no longo prazo.
A título de conclusão, vale o lembrete: tudo que diz respeito ao longo prazo requer paciência e disciplina. Devido ao spread, pode ser um desafio comprar hoje um par como dólar/rand sul-africano e conseguir tirar proveito das variações de preço dessas moedas daqui a uma semana ou duas. Entretanto, daqui a uma ou duas décadas é possível que essas mudanças de conversibilidade sejam bem mais significativas.
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