Nascido em Beirute (Líbano), o garotinho de ascendência armênia cresceu, transformou-se em um dos joalheiros independentes de maior sucesso no Brasil, internacionalizou sua produção vendendo durante cinco anos em Londres (no bairro Mayfair) e, em abril deste ano, após completar 20 anos de profissão, inaugurou uma loja no Bal Harbour Shops, em Miami. “Me ofereceram um ponto de venda por um valor bem razoável. Foi a primeira vez que abriram para uma grife que não tivesse outra loja nos Estados Unidos.”
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Famoso por ter suas peças na rotina de Kate Moss, Jennifer Lawrence, Liv Tyler, Lupita Nyong’o, Madonna e Penelope Cruz, o que mais importa hoje para o joalheiro está bem longe dos tapetes vermelhos e do foco dos fotógrafos: trabalhar com minas certificadas, aproximar-se dos fornecedores e divulgar boas práticas, inclusive para seus concorrentes – um movimento iniciado em 2019, com uma engenheira ambiental na equipe, e que batizou de Mineração Consciente, um dos braços de um projeto maior, chamado Futuro Brilhante. “Por mais que exista concorrência, os joalheiros têm que ser parceiros”, sugere Ara. “A gente tem que pensar no planeta e no impacto da nossa atividade.”
A seguir, trechos da entrevista com Ara Vartanian, concedida na casa da família, no Alto de Pinheiros (lar desenhado por Aldo Urbinati, o mesmo arquiteto que fez o refúgio em São Francisco Xavier, o show room em São Paulo e a loja em Miami).
Forbes – Qual é a ascendência de seus pais?
Ara Vartanian – A família é armênia. Meu pai é do Líbano. Ele tinha uma loja de joias e relógios em Beirute, era representante da Omega. Minha mãe é de Aleppo, na Síria. Quando era jovem, ela gostava de pintar.
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Onde passou a infância?
Para onde foi depois?
Fui “convidado a me retirar” do [colégio] Dante Alighieri porque toquei o sino da escola. Depois, soube de mais gente que foi expulsa pelo mesmo motivo, como o [arquiteto e designer] Carlinhos Motta. Aí, um amigo do meu pai sugeriu a Escola Internacional de Genebra. Meu pai perguntou se eu queria – disse sim!
Quanto tempo ficou lá?
Fui passar dois meses e acabei ficando quatro anos. Foi a melhor coisa que fiz. Comecei a me…
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