O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (17) em alta de 0,11% aos 124.773,21 pontos, após oscilar entre 124.546,59 e 125.431,07. O volume financeiro foi de R$ 27,7 bilhões, sem considerar o exercício de opções sobre ações.
Dessa forma, o Ibovespa fechou a semana com uma alta de 3,49%. Foi também a quarta alta semanal seguida, vindo o índice da B3 de ganhos de 2,04%, 4,29% e 0,13% nos intervalos precedentes. Assim, no azul entre as duas últimas semanas de outubro e as duas primeiras de novembro, o Ibovespa, no agregado desde o dia 1º, avança 10,28% no mês e, em 2023, sobe agora 13,70%.
Em encerramento, o nível dos 125 mil continua a não ser visto desde 29 de julho de 2021, então aos 125.675,33.
No cenário doméstico, o dia ficou marcado pela divulgação do IBC-Br, conhecido como “prévia do PIB”, que teve queda de 0,06% em setembro, bem abaixo do consenso de alta na casa dos 0,20%.
Apesar de fraco, o dado contribuiu para o otimismo no Ibovespa, uma vez que aponta para um arrefecimento da atividade econômica e, consequentemente, dá munição para a continuidade do ciclo de queda na taxa Selic.
O IBC-Br divulgado nesta manhã trouxe queda de 0,06% em setembro, na margem, com ajuste sazonal: dessa forma, o carrego estatístico para o quarto trimestre está em -0,3%, observa Rafael Perez, economista na Suno Research. “A economia brasileira mostrou sinais mais claros de desaceleração entre julho e setembro, tendo em vista os efeitos cumulativos dos juros elevados, o alto endividamento das famílias, o cenário externo turbulento e a base de comparação elevada do primeiro semestre”, acrescenta o economista, em nota.
Nos Estados Unidos a sessão foi amena, com os principais índices acionários alternando entre perdas leves e ganhos tímidos, ainda que o sentimento siga positivo com a expectativa de fim do ciclo de alta nos juros.
Ao final da sessão, as bolsas de Nova York fecharam no verde:
- Dow Jones: +0,01% a 34.947,61 pontos
- S&P500: +0,13% a 4.514,06 pontos
- Nasdaq: +0,08% a 14.125,48 pontos
O dólar à vista fechou em alta de 0,74%, na máxima do dia, a R$ 4,9059. Na mínima, a moeda tocou R$ 4,8533.
“A queda em setembro do IBC-Br reforçou a percepção de que a desaceleração da atividade econômica sustenta a manutenção do ritmo de queda da Selic, que poderá terminar 2024 abaixo dos 10%”,,= analisa Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
“Já nos EUA, apesar da agenda fraca, o sentimento do mercado seguiu apontando o fim do ciclo de alta dos juros pelo Fed. Os juros futuros continuaram em queda, resultado da combinação de atividade econômica fraca, inflação encaminhada e otimismo com fim do aperto monetário nos EUA. O dólar, porém, se valorizou ante o real, que teve um desempenho bem abaixo dos seus pares, com aumento da demanda pela moeda norte-americana para aproveitar o câmbio favorável para remessas ao exterior”, acrescenta o economista.
Após o tombo da véspera, o petróleo se recuperou e teve altas na casa de 4% nesta sexta-feira. Com isso, as petroleiras, que foram destaque negativo de ontem, estiveram entre os principais ganhos do Ibovespa na sessão de hoje.
Das seis maiores altas do Ibovespa, cinco foram de empresas de petróleo. Petrobras ON (PETR3) liderou, com +4,22% a R$ 39,52. Já Petrobras PN (PETR4) esteve na terceira posição, com +3,26% a R$ 36,71. O segundo maior avanço foi de Petrorecôncavo (RECV3), +3,36% a R$ 19,66.
Destaque também para 3R Petroleum (RRRP3), +2,87% a R$ 32,60 e Prio (PRIO3), +2,54% a R$ 46,48.
A “intrusa” na lista foi Azul (AZUL4), +3% a R$ 17,51 após o Goldman Sachs reiterar a preferência pelos papéis da empresa no setor das aéreas.
No setor de mineração e siderurgia, Vale (VALE3) subiu 0,19% a R$ 74,24, mas a principal alta foi de Metalúrgica Gerdau (GOAU4), com 1,84% a R$ 12,19. Na sequência vieram CSN (CSNA3), +1,16% a R$ 14,86; Gerdau (GGBR4), +1,11% a R$ 24,51 e Usiminas (USIM5), +0,26% a R$ 7,60.
Os bancos tiveram desempenho misto nesta sexta-feira. A maior alta foi de Banco do Brasil (BBAS3), +0,76% a R$ 50,66, seguido de Itaú (ITUB4), +0,46% a R$ 30,45. Os demais fecharam no negativo: Bradesco (BBDC4), -0,90% a R$ 15,43 e Santander (SANB11), -3,13% a R$ 30,91.
A maior queda do Ibovespa foi de Raízen (RAIZ4), -5,56% a R$ 3,57. CVC (CVCB3), -4,31% a R$ 3,11 e Carrefour (CRFB3), -3,87% a R$ 10,67, completaram a lista de piores desempenhos do Ibovespa hoje.
“Petrobras deu a maior contribuição para o…
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