segunda-feira, abril 29, 2024

Só Conan pode salvar a Argentina – Fernando Horta


Macri vai tentar manter um governo títere deixando para Milei as “pautas de costumes” e, quem sabe, andar de jet-ski em Santa Catarina

Milei Macri

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Passados menos de uma semana da eleição de Javier Milei para presidência da Argentina já é possível ver um desenho de sua política. Acho que “desenho” é um termo muito educado para o que vemos até agora, o melhor termo seria um “borrão”. Depois da catarse inicial, Maurício Macri começou a cobrar a fatura dos quase 6 milhões de votos a mais que Milei teve no segundo turno. Depois de ter três ou quatro “indicações” para ministros negadas pelo infantil Milei, Macri utilizou a conhecida força bruta política: dos 257 deputados, Milei tem apenas 38 e 7 senadores dos 72.

Dada a famosa “correlação de forças”, Macri emplacou as indicações-chave para Ministro da Economia e para o Banco Central, que – ao que parece – não vai mais ser fechado. Mesmo para um “Estado mínimo” o controle sobre a moeda e as ferramentas de macropolítica são questões que as elites não aceitam abrir mão. A estapafúrdia ideia de que o Banco Central argentino poderia ser fechado e que haveria uma “dolarização” na economia já foram deixadas de lado pelo indicado de Macri Luís Caputo. Caputo foi ministro da economia e presidente do Banco Central da Argentina durante o famigerado governo Macri.