O Longo Inverno das Criptomoedas criou geleiras e barreiras entre o mundo dos ativos digitais e os investidores. Muitos acreditavam que era o fim desse universo após fortes quedas de preço — mas quem comprou no começo de 2023 agora pode abrir um largo sorriso com a recente disparada do bitcoin (BTC).
As cotações da maior criptomoeda do mundo estão em modo turbo e renovaram as máximas de 2023 a US$ 42 mil. Isso representa uma alta de mais de 150% em relação ao começo do ano, segundo o Coin Market Cap.
A maior criptomoeda do mundo viu seu valor de mercado crescer para os US$ 815 bilhões, superando grandes empresas consolidadas no mercado, como a Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett (US$ 777,30 bilhões), e a Tesla, de Elon Musk (US$ 759,22 bilhões), e ficando atrás da Meta Platforms (ex-Facebook) por alguns bilhões (US$ 834,76 bilhões).
Assim, o bitcoin recobra os patamares perdidos durante a crise do protocolo Terra (LUNA), iniciada em maio de 2022.
Enquanto uns ficam surpresos, outros já esperavam por essa disparada.
É o caso de Vinícius Bazan, chefe de research de criptomoedas da Empiricus, com quem eu conversei no início do ano — perto do minuto seis você pode ver ele falando das previsões: “o bitcoin pode chegar à faixa entre US$ 30 mil e US$ 40 mil. Em um cenário otimista, US$ 45 mil”.
Mas dezembro ainda não acabou — e os investidores querem saber se os retornos com bitcoin serão ainda maiores.
Assim, eu voltei a conversar com Bazan hoje e ele me contou suas projeções até o final de 2023 e começo de 2024. A conversa você lê a seguir:
Bitcoin para a lua!
Para o final de 2023, o analista confirma que os preços podem chegar a US$ 45 mil — mesmo faltando pouco mais de três semanas para o fim do ano. A proximidade com a aprovação do primeiro ETF de bitcoin à vista (spot) dos EUA e a perspectiva com a alívio dos juros no país estimularam o rali do dia.
Contudo, vale lembrar que o BTC vem escalando de preços semana a semana desde outubro, segundo o Cryptorank.
“Os preços estão bastante esticados agora, o ideal é não comprar tudo de uma vez porque pode vir uma correção forte no meio do caminho”, comenta.
Não custa lembrar que o mercado de criptomoedas é famoso por seus movimentos bruscos — tanto de valorização quanto de depreciação.
Bazan recomenda que aportes parcelados de criptomoedas, visando a aproveitar esses momentos de correção até o final do ano.
O chefe de análise também deixa um aviso para aqueles que gostam de se aventurar no universo das altcoins, as criptomoedas alternativas ao bitcoin.
“Muita coisa ruim está subindo agora, então tome cuidado para não se deixar levar. Tem muita criptomoeda que não vale a pena no meio do caminho”, diz.
Em outras palavras, antes de 2024, o melhor é ficar em ativos consolidados por enquanto — isto é, bitcoin e ethereum (ETH).
2024: bitcoin vai dobrar de preço
O evento mais esperado do mercado de criptomoedas é o halving do bitcoin, quando a recompensa pela mineração do BTC cai pela metade (entenda mais sobre isso aqui).
Na nossa conversa de fevereiro deste ano, Bazan já havia falado sobre as perspectivas para o mercado pós-halving.
“Continuamos acreditando que o BTC pode superar as máximas históricas [US$ 68.600] e alcançar os US$ 80 mil”, afirma o analista.
Assim, o bitcoin pode dobrar de preço no segundo semestre de 2024, que é quando deve acontecer o halving, segundo o Bitcoin Halving Clock.
Relembrar nunca é demais
Mas, assim como as recomendações para este ano, o importante é não colocar todo o dinheiro dos seus investimentos em criptomoedas.
O analista recomenda alocar uma parcela de, no máximo, 5% do seu portfólio em ativos digitais.
A maior parte desse montante deve ser em bitcoin, que é a principal criptomoeda do planeta.
Fazer compras regulares — mês a mês ou semana a semana — também é uma estratégia para não ser pego em oscilações de preço que possam impactar negativamente sua carteira.
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