As visões bastante divergentes dos analistas sobre os rumos da ação do Nubank (NYSE:NU; B3: NUBR33) ficaram ainda mais evidenciadas nos últimos dias, às vésperas da divulgação do resultado do terceiro trimestre de 2022 (3T22) – a fintech reportará seus números ao mercado nesta segunda-feira (14).
Na última quarta-feira (9), o Credit Suisse iniciou a cobertura para os ativos do banco negociados na Bolsa de Nova York com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de US$ 6,50, ou um potencial de valorização de 46,4% em relação ao fechamento de sexta-feira (11).
Já o JP Morgan, em relatório de sexta-feira (11) decidiu cortar a recomendação dos ativos de neutra para underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda), suspendendo ainda o preço-alvo para 2023 e avaliando apenas que a cotação justa dos papéis gira em torno de US$ 4 e US$ 4,5 (entre queda de 1,3% e de 10% frente o fechamento de sexta). O Itaú BBA, por sua vez, também reiterou recomendação equivalente à venda.
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Marcelo Telles, Alonso Garcia e Daniel Vaz, analistas do Credit Suisse, justificaram em extenso relatório os motivos para o otimismo com a ação do Nubank. A equipe destacou ter feito um “mergulho profundo” sobre a companhia, destacando acreditar que a instituição esteja perto de seu turnaround (ponto de virada) com início em 2023, passando de algo perto de um breakeven, ou equilíbrio entre custos e receitas, em 2022 para um lucro de cerca de R$ 437 milhões em 2023 (ou 8,9% de retorno sobre patrimônio líquido, ou ROE). Já para 2026, a projeção é de um lucro de R$ 2,57 bilhões em 2026, indicando um ROE de 30%.
O banco suíço destaca que o Nubank tem 70 milhões de clientes e continua crescendo. Os clientes ativos já são 56 milhões (54 milhões no Brasil) com alto nível de engajamento.
“Acreditamos em um nível de CAGR [Compound Annual Growth Rate, ou taxa de crescimento anual composto] de receita em 34% ao longo dos próximos três anos, puxados principalmente pelo ganho de participação no mercado de crédito doméstico, com baixa contribuição ainda de outras geografias”, apontam os analistas.
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O cenário base do banco considera que o Nubank pode chegar a uma Receita Média Mensal por Cliente Ativo (ARPAC mensal) de US$ 14, de US$ 8 atualmente.
“Um ponto que diferencia Nubank dos outros players globais é a capacidade de financiar o seu crescimento em cima de uma grande base de depósitos. A fintech já responde por 25% dos PIXs realizados e tem uma taxa de 69% de empréstimos totais frente seus depósitos. “Estamos otimistas com a capacidade do Nu de continuar avançando em venda cruzada”, apontam os analistas.
Os analistas também fizeram uma análise bastante detalhada com relação ao mercado endereçável da instituição e o seu potencial de receita no Brasil, considerando o perfil da base de clientes.
“Acreditamos que existe um amplo espaço para crescimento do portfolio de empréstimos dos atuais R$ 7 bilhões para R$ 30 bilhões em 2026. Esperamos que o Nubank chegue a 11,5% do…
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