Após a temporada de resultados do e-commerce, segmento que enfrenta um período bastante desafiador em meio ao cenário macroeconômico e concorrencial, analistas do setor se debruçaram sobre as tendências para o consumo no Brasil – e quais são as empresas que estão conseguindo se destacar.
Em análises com diferenças óticas, o Bradesco BBI e o Credit Suisse apontaram que uma empresa de capital aberto está chamando mais atenção em relação às outras: trata-se do Mercado Livre (MELI34), que possui BDRs (Brazilian Depositary Receipts) na B3, e cujas ações são negociadas na Nasdaq com o ticker MELI.
O BBI reforçou a sua visão positiva para o Mercado Livre após realizar pesquisa com dois mil consumidores, de forma a observar a percepção dos participantes com as plataformas de e-commerce no Brasil – além de entender melhor as ameaças em potencial de Shopee, Amazon e Ali Express no mercado local.
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Entre os principais destaques da pesquisa, os analistas Richard Cathcart, João Andrade e Renan Sartorio apontaram terem ficado surpresos ao ver uma sobreposição tão grande e consistente entre os compradores da Shopee e das outras plataformas, com mais de 60% dos compradores das principais plataformas também comprando na Shopee.
Já o Mercado Livre pontuou bem em várias métricas, com a pesquisa sugerindo que ela é vista como a principal plataforma de comércio eletrônico no Brasil. As percepções de Casas Bahia, da Via (VIIA3), foram geralmente inferiores aos pares, enquanto há pontos positivos e negativos para Americanas (AMER3) e Magazine Luiza (MGLU3).
O Mercado Livre, no geral, ficou no topo com boas pontuações em uma variedade de métricas. “A empresa possui: 1) a maior base de compradores, 2) a menor (mas ainda significativa) sobreposição de clientes com a Shopee, 3) clientes que compram em uma gama maior de categorias do que os pares, 4) a pontuação mais alta na percepção dos compradores sobre os prazos de entrega, e 5) o 2º maior Net Promoter Score (NPS) – métrica que mede a satisfação do cliente – atrás apenas da Amazon”, destacam os analistas.
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Além da companhia ser a maior em termos de tamanho, também é vista como a mais forte.
Sobre a Shopee, os dados mostram que os consumidores gostam da companhia, que conta com um grande número de compradores (cerca de 60% da amostra de 2 mil) com alta frequência (o maior número comprando pelo menos cinco vezes nos 12 meses anteriores).
Vendendo para clientes de todos os outros players, a sobreposição é maior com Ali Express e Casas Bahia, e menor com Mercado Livre e Americanas, mas é alta em todas as plataformas.
Os dados também confirmam, avaliam os analistas, que os consumidores compram, e estão dispostos a comprar, principalmente as categorias de Vestuário, Beleza, e Brinquedos e Bebês, com baixa disposição para comprar Eletrodomésticos, Smartphones, Pet Care e Alimentos & Bebidas.
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“No geral, a pesquisa sugere que a Shopee é uma ameaça principalmente para as categorias de baixo tíquete, então pode ser um vento contrário à medida que Magalu e Via constroem suas plataformas de…
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