A Gerdau (GGBR4) anunciou, em evento realizado na quinta-feira (15) uma nova plataforma de mineração em Minas Gerais. O investimento será de R$ 3,2 bilhões entre 2023 e 2026. O evento teve participação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e do CEO da Gerdau, Gustavo Werneck.
Segundo a empresa, o minério de ferro que será produzido na nova plataforma irá para o abastecimento das unidades de produção de aço da Gerdau no estado.
A plataforma não terá uso de barragem, pois contará com o método de empilhamento a seco para disposição de 100% dos rejeitos de mineração.
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A Gerdau divulgou que a capacidade anual de produção de 5,5 milhões de toneladas de minério de ferro na mina de Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto, tem previsão de entrar em operação no final de 2025.
Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, afirmou que o projeto gerará mais de 5 mil empregos durante sua implementação e apontou a importância da nova plataforma para a iniciativa da empresa de redução da emissões de gases de efeito estufa (CO2e).
A Gerdau tem a meta de diminuir suas emissões para 0,83 t de CO2e por tonelada de aço até 2031.
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O minério produzido em Ouro Preto deve ser utilizado majoritariamente na planta de Ouro Branco (MG), mas outras usinas da empresa no estado também devem receber parte dessa produção.
A Levante Corp destaca que, com o investimento, a empresa espera continuar aumentando seus ganhos de eficiência. “Esse processo já vem ocorrendo nos últimos sete anos e permitiu que a companhia reduzisse muito seu endividamento, tornando-se uma boa pagadora de dividendos desde o ano de 2021”, apontam os analistas da casa de research.
A casa ainda cita que companhia também anunciou o grande investimento, na ordem de R$ 700 milhões, em um maquinário moderno para produção de aços especiais na cidade de Pindamonhangaba (SP). Ambos os investimentos fazem parte da modernização das operações da companhia aqui no Brasil que tem plano estratégico focado no ano de 2025. Lembrando que a empresa de siderurgia também tem grandes operações nos Estados Unidos e consegue, assim, diversificar seu risco geográfico.
“A Gerdau tem sido uma empresa bastante interessante para o investidor em ações desde sua mudança na estratégia de negócios em 2015. A companhia é muito tradicional com operações (desde 1901) e realizou grandes investimentos no Brasil e no mundo, mas acabou por ter um alto endividamento na última crise econômica – optando por realizar a venda de operações menos relevantes e focar no ganho de eficiência operacional das plantas que considerou core (centrais)”, afirma.
Os analistas avaliam que o plano vem dando muito certo sendo que, desde então, a companhia reduziu sua dívida líquida de cerca de R$ 21 bilhões, em 2015, para os atuais R$ 12,2 bilhões. Isso também foi possível devido à forte geração de caixa dos últimos anos, fruto do ganho de eficiência operacional, avaliam.
Com o endividamento bastante controlado, a empresa tem um indicador de dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de 0,31 vez – patamar considerado controlado. Nesse sentido, além de realizar grandes investimentos, a empresa também paga…
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